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19/04/2005
-
09h31
LUÍS FERRARI
da Folha de S.Paulo
Em depoimento à polícia, Leandro Desábato, 26, afirmou receber 2.000 pesos mensais (o equivalente a R$ 1.785,50). A fiança paga pelo zagueiro para ter sua prisão relaxada --R$ 10 mil-- supera seus ganhos de cinco meses.
A condição econômica e a pouca fama que o jogador tinha até sua prisão são alguns dos argumentos usados pelo Quilmes para qualificar a acusação de injúria por motivos raciais contra Grafite como uma medida oportunista, política e premeditada.
"Isso só aconteceu conosco porque o Quilmes é um clube pequeno. Se o rival do time brasileiro fosse o Boca Juniors ou o River Plate, nada teria ocorrido", disse Nancy Almirón, secretária de relações internacionais do Quilmes.
A tese de ação premeditada já havia sido levantada pelo volante Nelson Vivas. Ele afirmou que quando os jogadores do Quilmes chegaram ao Morumbi viram faixas contra o racismo e também citou como prova o fato de alguns atletas são-paulinos terem entrado em campo com pulseiras contra a discriminação racial.
As reclamações dos dirigentes argentinos também atingem a diretoria do clube paulista. "Estamos muito indignados com os dirigentes do São Paulo", afirmou o presidente do Quilmes, Daniel Razzeto, para quem o time do Morumbi não fez nada para aliviar a situação de Desábato.
A choradeira do Quilmes atingiu também uma empresa brasileira, responsável pela hospedagem do site do clube. De acordo com o funcionário responsável pela atualização da página do Quilmes na internet, o site do clube saiu do ar após publicar mensagens de apoio a Desábato. Ele afirmou que isso nunca acontecera antes e atribuiu o fato à "censura brasileira".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Desábato
Fiança paga para liberar Desábato supera cinco salários do zagueiro
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da Folha de S.Paulo
Em depoimento à polícia, Leandro Desábato, 26, afirmou receber 2.000 pesos mensais (o equivalente a R$ 1.785,50). A fiança paga pelo zagueiro para ter sua prisão relaxada --R$ 10 mil-- supera seus ganhos de cinco meses.
A condição econômica e a pouca fama que o jogador tinha até sua prisão são alguns dos argumentos usados pelo Quilmes para qualificar a acusação de injúria por motivos raciais contra Grafite como uma medida oportunista, política e premeditada.
"Isso só aconteceu conosco porque o Quilmes é um clube pequeno. Se o rival do time brasileiro fosse o Boca Juniors ou o River Plate, nada teria ocorrido", disse Nancy Almirón, secretária de relações internacionais do Quilmes.
A tese de ação premeditada já havia sido levantada pelo volante Nelson Vivas. Ele afirmou que quando os jogadores do Quilmes chegaram ao Morumbi viram faixas contra o racismo e também citou como prova o fato de alguns atletas são-paulinos terem entrado em campo com pulseiras contra a discriminação racial.
As reclamações dos dirigentes argentinos também atingem a diretoria do clube paulista. "Estamos muito indignados com os dirigentes do São Paulo", afirmou o presidente do Quilmes, Daniel Razzeto, para quem o time do Morumbi não fez nada para aliviar a situação de Desábato.
A choradeira do Quilmes atingiu também uma empresa brasileira, responsável pela hospedagem do site do clube. De acordo com o funcionário responsável pela atualização da página do Quilmes na internet, o site do clube saiu do ar após publicar mensagens de apoio a Desábato. Ele afirmou que isso nunca acontecera antes e atribuiu o fato à "censura brasileira".
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