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19/05/2005 - 09h38

Slater se torna o primeiro surfista a receber nota 10 em uma final

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MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo

Kelly Slater, 33, já foi o mais jovem. O mais vencedor. O mais rico. Agora, é perfeito.

Ontem, nas ondas de Teahupoo, as mais temidas do mundo, tornou-se o primeiro surfista a obter nota máxima em uma final de etapa do Circuito Mundial.

Na bateria que definiu a disputa no Taiti, o norte-americano surfou duas ondas perfeitas, ratificadas com notas 10 pelos cinco jurados, e somou os 20 pontos possíveis para derrotar seu compatriota Damien Hobgood.

Nunca nos 31 anos de história do Circuito Mundial um atleta havia obtido 100% de aproveitamento na pontuação de uma final. Antes de Slater, só Shane Beschen havia sido perfeito ao obter três notas 10 em Gold Coast, quando o sistema ainda computava as três melhores marcas.

"Só estava assistindo a tudo acontecer. Estava pegando a onda... e às vezes você sente as coisas se ajeitando e não pode explicar. Hoje [ontem] foi um desses dias", disse Slater. "Eu não consigo explicar o que aconteceu na final. Eu não estava esperando duas notas perfeitas, mas eu sabia que alguém poderia fazer isso", completou.

O feito do maior vencedor da história --soma seis títulos (1992 e 1994 a 98)-- chacoalhou a disputa do WCT deste ano. Slater, que havia obtido tímidos quinto e 17º lugares nas duas primeiras etapas, agora é o quarto colocado do ranking mundial. O líder é o australiano Trent Munro.

Slater se impôs para a elite mundial em 1992. Aos 20 anos, transformou-se no mais jovem surfista a erguer o troféu.

O talento sob as ondas aliado à beleza e ao carisma logo fizeram o atleta deslanchar. Em sua carreira no Circuito Mundial, já arrebatou US$ 1.136.005 (cerca de R$ 2,7 mi). É o mais bem premiado de todos os tempos.

Fora da água, Slater se transformou em um ótimo garoto-propaganda, ao qual valia a pena ter uma marca aliada. O surfista ganhou milhões de dólares e namorou a atriz Pamela Anderson.

Ele tenta agora retornar ao topo do Circuito após três anos "aposentado" --voltou em 2002-- e ver surgir o fenômeno havaiano Andy Irons, tricampeão mundial.

Nas ondas de 2,5 m de Teahupoo, considerada a mais perigosa etapa por causa do fundo de corais, mostrou que está cada vez mais perto da velha forma.

"As ondas basicamente me inspiraram o dia todo. Este é definitivamente um daqueles momentos, um dos mais mágicos dias da minha carreira, com certeza", afirmou o hexacampeão.

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