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27/06/2005 - 09h22

Fifa pedirá exames cardíacos na Copa do Mundo

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da Folha de S.Paulo

A menos de um ano da próxima Copa do Mundo, a Fifa resolveu intensificar as ações para prevenir casos de morte no futebol ocasionadas por problemas cardíacos.

A entidade máxima do esporte determinou que todas as 32 seleções que se classificarem para o Mundial do ano que vem, na Alemanha, deverão obrigatoriamente apresentar atestado provando que todos os jogadores convocados para participar da competição tenham boas condições de saúde, sem nenhum tipo de problema cardíaco que possa causar a morte durante uma partida.

A Fifa quer evitar que um provável escândalo seja causado por uma morte em campo durante o torneio mais importante do futebol mundial. A Copa costuma acontecer após o fim da temporada européia de clubes, quando os jogadores estão desgastados e, conseqüentemente, mais sujeitos a sofrer com contusões ou apresentar problemas de saúde.

"O objetivo é identificar problemas graves usando o diagnóstico de cardiologistas especializados em medicina esportiva"', disse o coordenador médico da Fifa, o alemão Toni Graf-Baumann.

O anúncio da medida foi feito ontem pela entidade, como forma de homenagear o segundo aniversário da morte do camaronês Marc Vivian Foe. Em junho de 2003, o meia da seleção africana sofreu um colapso durante a partida realizada em Lyon (França), contra a Colômbia, pela Copa das Confederações daquele ano. Aos 22min do segundo tempo, Foe caiu subitamente em campo. Foi levado ao hospital, onde foi declarada sua morte por problemas no coração.

Depois da tragédia com o camaronês, pelo menos mais dois graves casos, ambos no ano passado, aconteceram com jogadores de futebol. Em janeiro, o meia húngaro Miklos Feher, com 24 anos, morreu por causa de um infarte fulminante, durante jogo de seu time, o Benfica (Portugal).

A segunda fatalidade ocorreu com o zagueiro Serginho, morto em outubro, quando defendia o São Caetano contra o São Paulo, pelo Brasileiro. O jogador sofria de cardiomiopatia hipertrófica --doença que causa o aumento do tamanho do coração, detectada pelo clube em exames prévios--, mas mesmo assim permaneceu jogando.

A morte de Serginho suscitou debates e medidas de segurança no Brasil para tentar evitar a repetição da tragédia. No Campeonato Paulista deste ano, por exemplo, a Federação Paulista de Futebol fez convênio com uma empresa para equipar os estádios com desfibriladores portáteis, aparelhos que poderiam ser utilizados em caso de emergência.

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