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30/06/2005 - 09h21

Cicinho se destaca na final e fica perto da vaga na Copa do Mundo

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FÁBIO VICTOR
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Frankfurt

O lado direito do time brasileiro e o lado esquerdo da seleção argentina, assim como a vaga de reserva de Cafu na Copa, foram muito bem pavimentados ontem por Cicinho. O lateral-direito são-paulino fez uma excelente partida diante da Argentina (vitória por 4 a 1) e teve participação decisiva nos quatro gols do time de Carlos Alberto Parreira.

Quando a Argentina ainda conhecia Cicinho, ele tratou de servir Adriano, que anotou com uma bomba o gol que abriu o placar.

Pouco depois, inverteu bem a jogada, que acabou no gol de Kaká. Apesar de Parreira manter sua linha de quatro defensores, Cicinho recebeu muitas bolas quase na linha de meio de campo e foi fundamental para surpreender o rival, bastante concentrado em neutralizar o "quarteto mágico" --se em Buenos Aires o Brasil teve que correr atrás de um 0 a 2 muito cedo, agora era a vez de o rival sofrer com placar adverso.

No início do segundo tempo, a vitória foi praticamente definida, quando Cicinho arrancou, no seu melhor estilo, driblou o marcador e cruzou na medida para Ronaldinho fazer 3 a 0. Na comemoração, o melhor jogador do mundo correu para agradecer o companheiro que ainda atua no Brasil.

No quarto gol, Cicinho não precisou ir até a linha de fundo para cruzar na medida para Adriano tocar de cabeça para o gol.

Foram duas assistências (com três no torneio, se iguala a Robinho como o atletas que mais dá passes que resultam em gol), mas não ficou só nisso. Segundo o Datafolha, ele desarmou tanto quanto o lateral-esquerdo Gilberto (12 vezes) --o Brasil fez ontem 152 desarmes, seu recorde na competição. Cicinho foi acionado 22 vezes na partida e só uma vez perdeu a bola --sua eficiência foi tão boa que o jogo de ontem foi o que ele menos recebeu bolas dentre as que começou como titular.

O lateral, que já despertou interesse do Betis e do Porto, efetuou três cruzamentos e só driblou menos que Robinho e Ronaldinho --foram cinco fintas. Parreira, que retardou a chegada de Cicinho à seleção apesar dos pedidos de torcedores, sacou o jogador no fim. Ele atuou por 86 minutos e saiu sem comprometer defensivamente --o gol de Aimar surgiu em lance pela esquerda da defesa.

Cicinho começou sem confiança a competição e fez sua atuação mais fraca contra o México, quando o Brasil perdeu e pelo menos dois lances importantes do ataque adversário aconteceram nas costas do são-paulino. Parreira o deixou na reserva na semifinal contra a Alemanha, mas ele entrou na segunda etapa e impôs seu ritmo forte, e a seleção assegurou sua passagem para a final de ontem.

Maicon, chamado para a Copa das Confederações na vaga de Belletti, contundido, não convenceu quando esteve em campo, o que reforça a condição de Cicinho de favorito à reserva do capitão Cafu.

Parreira aproveitou o torneio para "descobrir" os suplentes de Cafu e Roberto Carlos, poupados. Na esquerda, Gilberto também cavou seu espaço, uma vez que Léo não foi muito aproveitado.

A lateral direita tem sido nos últimos anos a posição mais carente da seleção. Belletti se firmou como reserva, mas nunca empolgou os torcedores. Já foi suplente na Copa-2002. Aliás, o São Paulo tem fornecido jogadores para a lateral direita do Brasil nas últimas Copas. Foi assim com Cafu, Zé Carlos, Belletti e, possivelmente, Cicinho.

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