03/07/2005 - 12h19

COI oficializa ouro olímpico de Rodrigo Pessoa, e Brasil sobe no quadro

da Folha Online

O cavaleiro brasileiro Rodrigo Pessoa teve seu ouro olímpico oficializado neste domingo pela comissão executiva do COI (Comitê Olímpico Internacional). Ele foi beneficiado pela desclassificação do irlandês Cian O'Connor da prova individual de saltos nos Jogos de Atenas-2004.

Waterford Crystal, montaria do irlandês, teve antidoping positivo para dois estimulantes. Desta forma o brasileiro herda a medalha de ouro, e a prata ficará com o norte-americano Chris Kappler. O alemão Marco Kutscher ficou com o bronze.

Com a conquista de mais um ouro, o Brasil sobe duas posições na classificação dos Jogos de Atenas, atingindo o 16º lugar (5 ouros, 2 pratas e 3 bronzes). Já a Irlanda perde sua única medalha olímpica.

Volta por cima

Quase cinco anos após encarnar o fracasso brasileiro na Olimpíada de Sydney, o ginete Rodrigo Pessoa coroou sua redenção e a de sua principal montaria, o cavalo Baloubet du Rouet.

"Adoraria poder ter escutado o hino do Brasil e ter ocupado o lugar mais alto do pódio. Não deu, paciência", Pessoa, quando soube que O'Connor não apelaria mais à Justiça para manter o ouro.

Em Sydney-2000, o brasileiro e seu cavalo chegaram à Olimpíada como favoritos. Saíram como símbolos do fracasso --Baloubet refugou e o país não ocupou o lugar mais alto do pódio durante toda a competição.

Quatro anos depois, Pessoa cavalgou com brilhantismo. Chegou a ver o próprio nome na 17ª posição. Pensou em desistir. Reagiu. Na final, transpôs os dez obstáculos do percurso sem faltas.

Levou a prata na pista, o ouro no tapetão e tirou de seu ombro e do lombo de Baloubet o estigma do fiasco após as refugadas.

Inédita em seu currículo, a medalha que alça o Brasil da 18ª para a 16ª posição na classificação geral de Atenas não muda os planos do ginete. Seu objetivo, como declarou, é "lutar pelo primeiro lugar em Pequim-2008".

Com agências internacionais

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