Publicidade
Publicidade
08/07/2005
-
09h17
MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo
Para fazer parte do programa dos Jogos, as modalidades olímpicas terão de "andar na linha".
O recado pela moralização fica claro no relatório de avaliação dos 28 esportes já disputados e dos outros cinco postulantes a figurar nos eventos de Londres-2012.
O calhamaço de 265 páginas de dados colhidos de 2000 a 2004 servirá de base para a escolha do novo programa, em votação nesta sexta-feira, em Cingapura, na Ásia.
A principal preocupação é com a imagem das modalidades. O objetivo é simples: não afugentar patrocinadores e os interesses da TV e da mídia, como deixa claro o próprio presidente do COI.
"Deixamos de usar velhos critérios. Agora estudamos todos os eventos com base na audiência da TV e no nível orçamentário", afirma Jacques Rogge, que em 2002 sugeriu que beisebol, softbol e pentatlo moderno deixassem o evento em favor de golfe e rúgbi, porém teve a idéia rechaçada.
Na eleição desta sexta, também sofre resistência. A Associação das Federações Olímpicas Internacionais não quer alterar o programa dos Jogos. E teme que esportes pequenos sumam do mapa com eventual eliminação do esquema.
"Hoje há um excelente balanço, que proporciona um grande sucesso financeiro, social e de mídia dos Jogos", afirmou Denis Oswald, presidente da associação.
No relatório do COI, foram citadas insuficiências em atrações como, por exemplo, tiro com arco, badminton e lutas, com baixa cobertura de mídia. O tiro com arco também só gerou 5,8% de renda de 2000 a 2003 em marketing.
Além de golfe e rúgbi, concorrem squash, caratê e patinação. Eles tentam ocupar a vaga de um esporte cortado da Olimpíada pela primeira vez desde 1936, quando o pólo foi eliminado.
A idéia é manter 28 atrações, 301 eventos e 10.500 atletas.
Quem entrar (ou permanecer) terá de manter uma boa imagem.
Uma das preocupações é evitar arranhões com o aparecimento de escândalos, como o da ginástica artística em Atenas. Para isso, o comitê pediu atenção especial aos critérios de avaliação. Nos últimos Jogos, várias notas foram contestadas. Na final do individual geral, o americano George Beckstead, presidente do Comitê Técnico da federação internacional, errou um conceito e ajudou seu compatriota Paul Hamm a levar o ouro. Ele foi punido.
O alerta foi dado também a boxe, marcha atlética e esgrima, este último com critérios consideradas difíceis de serem entendidos.
Para não afugentar a audiência da TV, o COI quer cuidar da apresentação das provas. Recado para o vôlei de praia, talvez o esporte olímpico que mais louve o corpo. Algumas competições têm usado cheerleaders de biquíni, o que tem causado constrangimento a atletas, torcida e patrocinadores.
Ainda de olho na mídia, o comitê citou a não-participação dos grandes astros mundiais em algumas modalidades. O beisebol, um dos cotados para deixar o programa, por exemplo, não conta com estrelas da Major League (EUA).
O mesmo item, porém, pode pesar contra o golfe, que tenta ir a Londres-2012, mas dificilmente irá tirar seus jogadores do lucrativo circuito profissional.
Na outra mão, atletismo, natação, ginástica e basquete apresentaram os índices mais elevados de cobertura da mídia e retorno financeiro.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre os Jogos Olímpicos de 2012
COI seleciona nesta sexta-feira esportes que estarão na Olimpíada-2012
Publicidade
da Folha de S.Paulo
Para fazer parte do programa dos Jogos, as modalidades olímpicas terão de "andar na linha".
O recado pela moralização fica claro no relatório de avaliação dos 28 esportes já disputados e dos outros cinco postulantes a figurar nos eventos de Londres-2012.
O calhamaço de 265 páginas de dados colhidos de 2000 a 2004 servirá de base para a escolha do novo programa, em votação nesta sexta-feira, em Cingapura, na Ásia.
A principal preocupação é com a imagem das modalidades. O objetivo é simples: não afugentar patrocinadores e os interesses da TV e da mídia, como deixa claro o próprio presidente do COI.
"Deixamos de usar velhos critérios. Agora estudamos todos os eventos com base na audiência da TV e no nível orçamentário", afirma Jacques Rogge, que em 2002 sugeriu que beisebol, softbol e pentatlo moderno deixassem o evento em favor de golfe e rúgbi, porém teve a idéia rechaçada.
Na eleição desta sexta, também sofre resistência. A Associação das Federações Olímpicas Internacionais não quer alterar o programa dos Jogos. E teme que esportes pequenos sumam do mapa com eventual eliminação do esquema.
"Hoje há um excelente balanço, que proporciona um grande sucesso financeiro, social e de mídia dos Jogos", afirmou Denis Oswald, presidente da associação.
No relatório do COI, foram citadas insuficiências em atrações como, por exemplo, tiro com arco, badminton e lutas, com baixa cobertura de mídia. O tiro com arco também só gerou 5,8% de renda de 2000 a 2003 em marketing.
Além de golfe e rúgbi, concorrem squash, caratê e patinação. Eles tentam ocupar a vaga de um esporte cortado da Olimpíada pela primeira vez desde 1936, quando o pólo foi eliminado.
A idéia é manter 28 atrações, 301 eventos e 10.500 atletas.
Quem entrar (ou permanecer) terá de manter uma boa imagem.
Uma das preocupações é evitar arranhões com o aparecimento de escândalos, como o da ginástica artística em Atenas. Para isso, o comitê pediu atenção especial aos critérios de avaliação. Nos últimos Jogos, várias notas foram contestadas. Na final do individual geral, o americano George Beckstead, presidente do Comitê Técnico da federação internacional, errou um conceito e ajudou seu compatriota Paul Hamm a levar o ouro. Ele foi punido.
O alerta foi dado também a boxe, marcha atlética e esgrima, este último com critérios consideradas difíceis de serem entendidos.
Para não afugentar a audiência da TV, o COI quer cuidar da apresentação das provas. Recado para o vôlei de praia, talvez o esporte olímpico que mais louve o corpo. Algumas competições têm usado cheerleaders de biquíni, o que tem causado constrangimento a atletas, torcida e patrocinadores.
Ainda de olho na mídia, o comitê citou a não-participação dos grandes astros mundiais em algumas modalidades. O beisebol, um dos cotados para deixar o programa, por exemplo, não conta com estrelas da Major League (EUA).
O mesmo item, porém, pode pesar contra o golfe, que tenta ir a Londres-2012, mas dificilmente irá tirar seus jogadores do lucrativo circuito profissional.
Na outra mão, atletismo, natação, ginástica e basquete apresentaram os índices mais elevados de cobertura da mídia e retorno financeiro.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Guga perde processo milionário no Carf e diz que decisão é 'lamentável'
- Super Bowl tem avalanche de recordes em 2017; veja os principais
- Brady lidera maior virada da história do Super Bowl e leva Patriots à 5ª taça
- CBF quer testar uso de árbitro de vídeo no Brasileiro deste ano
- Fifa estuda usar recurso de imagem para árbitros na Copa do Mundo-18
+ Comentadas