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10/08/2005 - 09h39

Campeonato Paulista de vôlei tem início com times de outros Estados

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MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo

O favorito ao título é de Santa Catarina. O mais tradicional veste agora a camisa da gaúcha Ulbra. Um dos times tem forte sotaque mineiro, outro veio de Brasília.

Não, esta não é a apresentação da Superliga de vôlei. A lista de forasteiros ocupa a tabela do Campeonato Paulista, que dá largada nesta quarta-feira em sua edição masculina.

Os torneios deste ano reúnem cinco equipes que vieram de outros Estados ou que deixaram sua sede tradicional para virarem referência em outra cidade.

O exemplo maior da miscelânea é a Ulbra-São Paulo. O time gaúcho repete a parceria de anos anteriores com o clube de futebol, mas, desta vez, uniu-se também a Ferraz de Vasconcelos. O intercâmbio não pára por aí. No banco, o time terá Ricardo Navajas, técnico que por 15 anos foi vitorioso na vizinha Suzano.

O motivo que levou a Ulbra a deixar Caxias para se aventurar no Paulista é o mesmo de Unisul/ Barueri, Pinheiros-Minas e Brasília/São Bernardo --este último, do campeonato feminino.

"Em Santa Catarina a gente perdia a chance de aparecer. Além disso, o Paulista é o mais forte Estadual do país, uma excelente preparação. Neste ano, será uma mini-Superliga", diz Giovane, supervisor da Unisul, que estréia nesta quarta contra o Santo André, às 20h30.

As mudanças, no entanto, não são só flores. Um dos maiores problemas é coincidir calendários. A Unisul, por exemplo, abre o Paulista e volta para São José (SC). Depois, retorna para finalizar o primeiro turno em São Paulo. Em seguida, vai para o Catarinense. E assim, em idas e vindas constantes, até as fases decisivas.

"Minha vida está mais corrida do que quando eu era jogador", brinca o bicampeão olímpico, que tem o técnico Zé Roberto, da seleção feminina, à frente da equipe.

Seu time já passou por saia justa graças à vida nômade. Em um dos jogos em Barueri, entrou em quadra com a camisa usada no Sul.

Para outras equipes, o problema será a permanência na capital. Os jogadores do Minas fizeram uma exigência especial ao Pinheiros antes de aceitarem a viagem.

"Queremos cada um num quarto. Morar três meses com a mesma pessoa é casamento. Temos de ter cuidado para não criarmos estresse", avalia Serginho.

A outra exigência foi contar com serviço de lavanderia.

"Treinando como a gente está, duas vezes por dia, vai ser complicado sem", completa o líbero.

Os mineiros foram pegos de surpresa. Muitos ainda estão correndo para acertar o contrato da casa alugada, ainda em vigência.

Além disso, acabaram de conhecer o técnico Jon Uriarte, com quem só fizeram quatro treinos.

Eles também disputam a primeira rodada do torneio e, depois, voltam para fazer as malas em Belo Horizonte.

Na semana que vem, irão fazer a "invasão mineira" viajando a São Paulo em comboio --vão trazer seus carros à capital.

Para os mineiros, a adaptação será mais fácil do que a enfrentada pelas atletas de Brasília.

Parceiras de São Bernardo, elas aportaram na cidade em julho. E quase congelaram com o clima frio e úmido. "Vai dar preguiça acordar cedo neste frio", brinca a ponta Juliana, carioca, que verá a largada do torneio no dia 16.

São Bernardo também continua abrigando o Banespa, campeão da última edição da Superliga. Neste ano, o tradicional clube da capital levou de vez todo o seu departamento de vôlei para o ABC.

"O Mauro [Grasso, técnico] vai para o treino de bicicleta. Estamos adaptados com a estrutura e a torcida, tanto que batemos o recorde de público na Superliga", diz Montanaro, supervisor do time.
 

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