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28/08/2005
-
11h00
GUILHERME ROSEGUINI
da Folha de S.Paulo
Parece o discurso que Luiz Inácio Lula da Silva proferiu na semana passada. Mas quem diz agora que o Brasil só poderá abrigar uma edição da Olimpíada se não tropeçar no Pan-Americano de 2007 é outro presidente. Com muita autoridade no assunto.
O belga Jacques Rogge, dirigente máximo do Comitê Olímpico Internacional, chega ao Rio segunda-feira.
Antes mesmo de contemplar o atual estágio das obras, já avisa: "O começo de uma candidatura para os Jogos de 2016 será em 2007. O Pan é a oportunidade que o Brasil tem para mostrar habilidade como organizador", conta.
Médico e velejador com participação em três Olimpíadas, Rogge visita o país pela primeira vez desde que assumiu a presidência do COI, em 2001. Vai participar de reunião da Organização Desportiva Pan-Americana e entregar medalha de ouro de Atenas-2004 ao ginete Rodrigo Pessoa, que herdou a insígnia após seu algoz acabar punido por doping.
Rogge rasgou elogios aos organizadores dos últimos Jogos, seus primeiros à frente do Comitê Olímpico Internacional. Mas agora, um ano após o término do evento em Atenas, percebeu que nem tudo saiu como havia planejado.
Falta de dinheiro para manutenção e de pessoas suficientes para utilizar algumas praças esportivas criaram "elefantes brancos" --estruturas que se tornaram inúteis-- na Grécia.
"Na época, a discussão do legado olímpico não estava tão consolidada como hoje. Muita coisa em Atenas está subtilizada. A população reclama com toda razão", relata Rogge.
O dirigente conta que sua missão, de agora em diante, é tentar convencer os organizadores dos grandes eventos --incluindo os responsáveis pelo Pan do Rio-- a diminuir o tamanho das edificações que pretendem erguer.
"Nós literalmente encolhemos alguns projetos de Pequim para os Jogos de 2008. Nossa idéia era adequar as obras à realidade pós-olímpica que o país vai viver", explica.
Rogge defende também o desenvolvimento de instalações temporárias, que sobrevivam apenas durante o período do torneio esportivo.
Para dirigente do COI, Pan-2007 serve de teste para país abrigar Olimpíada
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da Folha de S.Paulo
Parece o discurso que Luiz Inácio Lula da Silva proferiu na semana passada. Mas quem diz agora que o Brasil só poderá abrigar uma edição da Olimpíada se não tropeçar no Pan-Americano de 2007 é outro presidente. Com muita autoridade no assunto.
O belga Jacques Rogge, dirigente máximo do Comitê Olímpico Internacional, chega ao Rio segunda-feira.
Antes mesmo de contemplar o atual estágio das obras, já avisa: "O começo de uma candidatura para os Jogos de 2016 será em 2007. O Pan é a oportunidade que o Brasil tem para mostrar habilidade como organizador", conta.
Médico e velejador com participação em três Olimpíadas, Rogge visita o país pela primeira vez desde que assumiu a presidência do COI, em 2001. Vai participar de reunião da Organização Desportiva Pan-Americana e entregar medalha de ouro de Atenas-2004 ao ginete Rodrigo Pessoa, que herdou a insígnia após seu algoz acabar punido por doping.
Rogge rasgou elogios aos organizadores dos últimos Jogos, seus primeiros à frente do Comitê Olímpico Internacional. Mas agora, um ano após o término do evento em Atenas, percebeu que nem tudo saiu como havia planejado.
Falta de dinheiro para manutenção e de pessoas suficientes para utilizar algumas praças esportivas criaram "elefantes brancos" --estruturas que se tornaram inúteis-- na Grécia.
"Na época, a discussão do legado olímpico não estava tão consolidada como hoje. Muita coisa em Atenas está subtilizada. A população reclama com toda razão", relata Rogge.
O dirigente conta que sua missão, de agora em diante, é tentar convencer os organizadores dos grandes eventos --incluindo os responsáveis pelo Pan do Rio-- a diminuir o tamanho das edificações que pretendem erguer.
"Nós literalmente encolhemos alguns projetos de Pequim para os Jogos de 2008. Nossa idéia era adequar as obras à realidade pós-olímpica que o país vai viver", explica.
Rogge defende também o desenvolvimento de instalações temporárias, que sobrevivam apenas durante o período do torneio esportivo.
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