02/09/2005 - 18h02

Pela 1ª vez, Rio fica fora da rota da seleção rumo à Copa

ANDRÉ LUÍS NERY
da Folha Online

Pela primeira vez na história, o Rio não vai receber nenhum jogo da seleção brasileira em uma edição das eliminatórias de Copa do Mundo. Nesta sexta-feira, a CBF confirmou que o último jogo da seleção em casa pelo classificatório do Mundial-2006, contra a Venezuela, no dia 12 de outubro, será no estádio Mangueirão, em Belém (PA).

Enquanto a capital fluminense foi deixada de fora da rota da seleção, a região Norte do país vai abrigar o segundo jogo. Antes de Belém, Manaus recebeu o confronto contra o Equador (vitória por 1 a 0), em 10 de setembro de 2003, o primeiro do Brasil como mandante no torneio.

Curitiba (jogo contra o Uruguai), Belo Horizonte (Argentina), São Paulo (Bolívia), Maceió (Colômbia), Goiânia (Peru) e Porto Alegre (Paraguai), além de Brasília, que será o palco do duelo contra o Chile, neste domingo, receberam partidas da seleção no classificatório para a Copa-2006.

O Maracanã havia recebido o último jogo da seleção nas eliminatórias para as Copas de 1954, 1958, 1970, 1978, 1990 e 1994. No classificatório para o Mundial-1982, a despedida foi no Serra Dourada, em Goiânia, e em 1986 o último jogo da equipe aconteceu no Morumbi, em São Paulo.

A "caravana" da seleção começou no classificatório para a Copa-2002. Por causa das críticas da torcida, o time na época comandado por Luiz Felipe Scolari deixou o eixo Rio-São Paulo e fez seus últimos três jogos em Porto Alegre (contra o Paraguai), Curitiba (Chile) e São Luís (Venezuela).

No início, a expectativa era que o Brasil encerrasse sua participação nas eliminatórias da Copa-2006, contra a Venezuela, no Maracanã. O estádio, porém, passa por reformas. Com isso, esta será a primeira vez que a seleção não jogará no seu campo mais famoso em uma eliminatória.

O Brasil, vice-líder da atual edição da competição (27 pontos), precisa de um empate contra o Chile, no domingo, para garantir vaga na Copa. Após este jogo, no dia 9 de outubro, o enfrenta a Bolívia, em La Paz (BOL), e depois encerra sua participação contra os venezuelanos.

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