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04/09/2005
-
10h59
PAULO COBOS
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Há menos de cinco anos ele era a bola da vez nas CPIs do Congresso que investigaram sua gestão na CBF e acharam um mar de irregularidades que nunca deram em nada na Justiça. Hoje, ele volta a Brasília como o queridinho dos políticos brasileiros, seja da direita, do centro ou da esquerda.
Durante as eliminatórias e os amistosos depois do pentacampeonato, Ricardo Teixeira costurou um leque de aliados políticos.
E hoje, na capital do país, ele quer, apesar da dúvida da presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pôr a cereja nesse bolo que o transformou de investigado em homenageado.
Inicialmente, a agenda de Lula dizia que ele estaria em São Bernardo hoje. Mas a informação oficial agora é que verá o jogo pela TV com os filhos na Granja do Torto, em Brasília.
O presidente da CBF ganhou comenda em Minas Gerais, onde recebeu do governador tucano Aécio Neves a Ordem do Mérito da Inconfidência Mineira. Conquistou a honraria depois de levar o time para jogar contra a Argentina em Belo Horizonte.
Teixeira também não hesitou em homenagear políticos, como fez com o também tucano Marcone Perillo, governador de Goiás, que recebeu o jogo contra o Peru no Serra Dourada. "Receber uma comenda de um presidente vencedor é um orgulho. O Estado de Goiás também se sente prestigiado", afirmou Perillo.
Mas o PSDB não é o único partido político a receber agrados e jogos da seleção. Siglas da base aliada do governo e o PMDB, rachado em relação ao governo, também receberam seu quinhão.
O caso de Brasília é um exemplo. Além do PT, de quem se aproximou depois do jogo festivo no Haiti no ano passado, a CBF é próxima de Joaquim Roriz (PMDB), o governador do Distrito Federal. Depois de gastar R$ 600 mil para reformar o estádio Mané Garrincha, Roriz mostrava na quinta-feira com orgulho a carta convite emitida pela CBF para comparecer ao jogo de hoje. E não se fez de rogado. "De antemão, confirmo minha presença."
Outros pemedebistas se aproximaram de Teixeira. O governador gaúcho Germano Rigotto recebeu o confronto com o Paraguai e esteve no Beira-Rio para recepcionar os convidados.
O também governador Roberto Requião, do Paraná, o recebeu na sede do governo do Estado para oficializar o confronto com o Uruguai, em 2003. Isso sem falar do presidente do Senado, Renan Calheiros, que recebeu doação de R$ 100 mil da CBF nas eleições de 2002 e conseguiu marcar para Maceió o jogo com a Colômbia.
Nos estádios, foi comum os políticos se sentarem bem ao lado de Teixeira na tribuna de honra. Foi o caso, por exemplo, do governador do Amazonas, Eduardo Braga (PPS), no jogo de estréia caseira nas eliminatórias, em Manaus, contra o Equador.
Sempre muito próximo de políticos do PSDB e PFL (convidou senadores dos dois partidos para o jogo do centenário da Fifa contra a França, em Paris), Teixeira abriu as portas no governo do PT.
Ele foi fotografado com Lula no jogo contra o Haiti e ainda recebido no Palácio do Planalto. O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz (PC do B), antes "inimigo", hoje virou próximo (estará no Mané Garrincha).
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Leia o que já foi publicado sobre a seleção brasileira nas eliminatórias
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Presidente da CBF volta a Brasília como "queridinho" dos políticos
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
Há menos de cinco anos ele era a bola da vez nas CPIs do Congresso que investigaram sua gestão na CBF e acharam um mar de irregularidades que nunca deram em nada na Justiça. Hoje, ele volta a Brasília como o queridinho dos políticos brasileiros, seja da direita, do centro ou da esquerda.
Durante as eliminatórias e os amistosos depois do pentacampeonato, Ricardo Teixeira costurou um leque de aliados políticos.
E hoje, na capital do país, ele quer, apesar da dúvida da presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pôr a cereja nesse bolo que o transformou de investigado em homenageado.
Inicialmente, a agenda de Lula dizia que ele estaria em São Bernardo hoje. Mas a informação oficial agora é que verá o jogo pela TV com os filhos na Granja do Torto, em Brasília.
O presidente da CBF ganhou comenda em Minas Gerais, onde recebeu do governador tucano Aécio Neves a Ordem do Mérito da Inconfidência Mineira. Conquistou a honraria depois de levar o time para jogar contra a Argentina em Belo Horizonte.
Teixeira também não hesitou em homenagear políticos, como fez com o também tucano Marcone Perillo, governador de Goiás, que recebeu o jogo contra o Peru no Serra Dourada. "Receber uma comenda de um presidente vencedor é um orgulho. O Estado de Goiás também se sente prestigiado", afirmou Perillo.
Mas o PSDB não é o único partido político a receber agrados e jogos da seleção. Siglas da base aliada do governo e o PMDB, rachado em relação ao governo, também receberam seu quinhão.
O caso de Brasília é um exemplo. Além do PT, de quem se aproximou depois do jogo festivo no Haiti no ano passado, a CBF é próxima de Joaquim Roriz (PMDB), o governador do Distrito Federal. Depois de gastar R$ 600 mil para reformar o estádio Mané Garrincha, Roriz mostrava na quinta-feira com orgulho a carta convite emitida pela CBF para comparecer ao jogo de hoje. E não se fez de rogado. "De antemão, confirmo minha presença."
Outros pemedebistas se aproximaram de Teixeira. O governador gaúcho Germano Rigotto recebeu o confronto com o Paraguai e esteve no Beira-Rio para recepcionar os convidados.
O também governador Roberto Requião, do Paraná, o recebeu na sede do governo do Estado para oficializar o confronto com o Uruguai, em 2003. Isso sem falar do presidente do Senado, Renan Calheiros, que recebeu doação de R$ 100 mil da CBF nas eleições de 2002 e conseguiu marcar para Maceió o jogo com a Colômbia.
Nos estádios, foi comum os políticos se sentarem bem ao lado de Teixeira na tribuna de honra. Foi o caso, por exemplo, do governador do Amazonas, Eduardo Braga (PPS), no jogo de estréia caseira nas eliminatórias, em Manaus, contra o Equador.
Sempre muito próximo de políticos do PSDB e PFL (convidou senadores dos dois partidos para o jogo do centenário da Fifa contra a França, em Paris), Teixeira abriu as portas no governo do PT.
Ele foi fotografado com Lula no jogo contra o Haiti e ainda recebido no Palácio do Planalto. O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz (PC do B), antes "inimigo", hoje virou próximo (estará no Mané Garrincha).
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