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12/09/2005 - 09h38

João Derly é eleito o melhor judoca do Mundial do Cairo

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ADALBERTO LEISTER FILHO
da Folha de S.Paulo

Mesmo sendo uma competição tratada com desdém pela Confederação Brasileira de Judô, a equipe nacional conseguiu, no Cairo (Egito), seu melhor desempenho da história do país em Mundiais.

No sábado, o país festejou, pela primeira vez, um ouro no evento com o meio-leve João Derly.

Ontem, o gaúcho foi agraciado com outra comenda, a de melhor judoca do Mundial. Ele superou 307 concorrentes e foi eleito por um júri de jornalistas e membros da federação internacional.

"Nem me imaginava campeão. Não sei qual foi o critério, mas deve ter sido por causa da final com o japonês", disse Derly, referindo-se à vitória sobre Masato Uchishiba, atual campeão olímpico.

Na decisão, o judoca conquistou a vitória ao aplicar um ippon (equivalente ao nocaute no judô) logo aos 42 segundos.

Derly deu a volta por cima após enfrentar problemas de peso --subiu uma categoria-- e suspensão por doping. Em 2002 foi punido com seis meses após ter exame positivo para clortalidona, um diurético, medicamento utilizado por atletas para perder peso.

Outra surpresa do Mundial foi o bronze obtido pelo meio-pesado Luciano Corrêa, que nem era apontado pela comissão técnica brasileira como um dos favoritos.

A campanha foi surpreendente. Neste ano, a CBJ decidiu investir na nova geração. Visando o Pan-07 e o Mundial-07, ambos no Rio, a entidade investiu em uma seleção sub-25. Com ela, disputou o Pan-Americano de Porto Rico e o Sul-Americano da Colômbia.

Da delegação que foi aos Jogos de Atenas-04, só permaneceram a ligeiro Daniela Polzin, a meio-leve Fabiane Hukuda, a meio-médio Vânia Ishii e o leve Leandro Guilheiro, bronze na Olimpíada --a renovação foi de 71%.

Dois desfalques tiveram razões médicas. O meio-médio Flávio Canto, também terceiro lugar na Grécia, teve lesão no ligamento do joelho esquerdo. Já o meio-pesado Mário Sabino sofreu um grave acidente na mão quando tentava arrumar o motor de seu carro.

Mais problemas vieram com o corte, às vésperas do embarque, de Carlos Honorato, dono de medalha em Mundial e Olimpíada, devido a problemas de peso. Alex Guedes viajou em seu lugar.

Já a meio-pesada Edinanci Silva, única brasileira em atividade a subir ao pódio mais de uma vez em Mundiais, pediu dispensa alegando problemas particulares.

Como suas substitutas diretas, Claudirene Cezar e Luzia Fernandes, estavam machucadas, o Brasil ficou sem representante na categoria. "O Mundial não é o nosso objetivo principal. Estamos com atletas novos, mas temos chance", prognosticava o técnico Luis Shinohara, antes do embarque.

Último dia

Apesar do bom desempenho no Mundial, ontem os brasileiros ficaram distantes do pódio. Daniela Polzin (ligeiro) e João Gabriel Schilliter (absoluto) foram eliminados na repescagem.

Já Priscila Marques (absoluto) e Denílson Lourenço (ligeiro) perderam no primeiro combate. "Estava me sentindo confiante hoje [ontem]. Mas a holandesa [Carol Uilenhoed] soube anular o meu judô", lamentou Priscila.

Hoje, no encerramento do evento, o Brasil participa do torneio por equipes, que conta com cinco categorias de peso e não vale medalha na classificação por países. A estréia será contra o Japão.

Também participam da disputa França, Geórgia, Coréia do Sul, Egito e Oceania. No feminino, a única brasileira que subirá no tatame será a leve Tânia Ferreira, convidada para completar o time da Oceania.

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