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16/09/2005 - 09h23

Fifa testa "bola inteligente" no Mundial sub-17 do Peru

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RODRIGO BUENO
da Folha de S.Paulo

O futebol, talvez o mais conservador dos esportes, tem nesta sexta-feira um crucial dia rumo à modernidade.

Na abertura do Mundial sub-17 no Peru, torneio organizado pela Fifa que vem repleto de novidades, a grande atração é a "bola inteligente". Um artefato que outrora era simples agora ganha microchip e "avisa" o árbitro com precisão se saiu um gol ou não.

A inovação foi testada em fevereiro, agradou a dirigentes da Fifa e passará por sua prova final no torneio, que terá todos os seus jogos em gramados sintéticos --o Mundial juvenil passado, na Finlândia, já teve partidas em campos artificiais, mas agora todos os duelos ocorrerão nesse piso.

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, que historicamente sempre foi contrário ao uso da tecnologia no futebol, tenta manter o discurso conservador em meio à novidade. "Esta tecnologia para a linha do gol é suficiente. O futebol deve manter seu caráter humano e deve aceitar erros. Se nós começarmos a fazer um jogo muito científico, ele perderá sua fascinação", diz o dirigente suíço.

Porém a "bola inteligente", que pode ser vista na Copa do ano que vem, não é o primeiro produto eletrônico aceito pela cúpula do futebol. Já há no campo uma comunicação, por meio de sinal de rádio, entre os assistentes ("bandeirinhas") e o árbitro da partida.

E é um sinal de rádio que a "bola inteligente" (o microchip) transmite, por meio de antenas colocadas em pontos estratégicos no campo, para um computador e, depois, para um receptor no juiz.

Tudo isso pode não valer para nada se o árbitro tiver uma "opinião" diferente da apontada pela bola. "O juiz está no comando. Ele é o chefe no gramado, e isso não mudará. É só uma ajuda [a bola com o microchip]", afirma Urs Linsi, secretário-geral da Fifa.

Quatro dos cinco estádios do Mundial sub-17 deste ano estão aptos a receber a "bola inteligente" --só o novo estádio peruano, o Max Agustín, em Iquitos, não experimentará a novidade, pois não houve tempo para adaptá-lo.

Membros da International Board, entidade que regulamenta o futebol, acompanharão os jogos no Peru para possivelmente ratificar em 2006 o uso da nova bola.

O torneio, que apresenta hoje quatro partidas, mostra também um novo troféu para o Mundial masculino mais jovem da Fifa. Será o primeiro Mundial realizado pela entidade no Peru, que enfrenta Gana pelo Grupo A.
 

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