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22/09/2005 - 10h40

Interlagos vê o mais globalizado GP Brasil de F-1

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TALES TORRAGA
da Folha de S.Paulo

O GP Brasil começa nesta sexta-feira como o mais globalizado dos 33 anos de história da corrida. Ao todo, 15 países estarão representados pelos 20 pilotos que alinharão no grid de largada de Interlagos.

A marca supera os índices de 2002, 1979, 1978 e 1974, quando 14 nacionalidades disputaram a etapa brasileira da F-1. Há três anos, o grid foi formado por 22 pilotos --dois a menos que em 1978 e 1979. Em 1974, 25 largaram.

A lista completa de países representados no GP conta com Alemanha, Austrália, Áustria, Brasil, Canadá, Colômbia, Escócia, Espanha, Finlândia, Holanda, Índia, Inglaterra, Itália, Japão e Portugal.

O recorde é reflexo de uma guinada geopolítica. Dominadas por montadoras e megacorporações, as equipes já não dão mais tanto valor à nacionalidade antes de contratar um piloto. As marcas que as patrocinam, afinal, não são exclusivas deste ou daquele país.

Assim, potências da categoria, como França, Itália e Inglaterra, perderam espaço para países com pouca ou nenhuma tradição automobilística, como Índia e Portugal --cada um desses países conta com um piloto no grid.

Mais: a Espanha, que pode ver Fernando Alonso campeão neste final de semana, tem um histórico modesto na categoria. Ele é apenas o 12º piloto do país a correr na F-1 e o primeiro a vencer um GP e a conquistar uma pole position.

"Hoje em dia não existe aquela história de piloto que ganhe vaga por ter nascido em um país específico", disse Narain Karthikeyan, da Jordan, primeiro --e até agora único-- representante da Índia na história do Mundial. "O esporte tem se profissionalizado cada vez mais. Os que estão aqui agora realmente demonstraram potencial nas categorias menores."

Até hoje, o maior contingente de pilotos de um mesmo país no GP Brasil foi em 1990, quando a Itália teve 12 pilotos em um grid de 26 carros. Hoje, são apenas dois: Jarno Trulli, da Toyota, e Giancarlo Fisichella, da Renault.

Maior vencedora da história da prova, com oito triunfos, a França não terá nenhum piloto em Interlagos neste final de semana.

A expansão no mapa-múndi da F-1 não afetou o número de brasileiros na categoria. Pelo contrário.

Com três representantes no grid, Rubens Barrichello (Ferrari), Felipe Massa (Sauber) e Antonio Pizzonia (Williams), o Brasil supera Itália, Alemanha e Holanda, com dois pilotos cada um.

É a primeira vez desde 1996 que o Brasil tem, sozinho, a soberania numérica no grid em Interlagos.

Na ocasião, os pilotos eram Barrichello, Pedro Paulo Diniz, Ricardo Rosset e Tarso Marques. O país emplacou quatro representantes também em 2001 --Barrichello, Marques, Luciano Burti e Enrique Bernoldi--, mas viu a Alemanha com a mesma quantidade.

Ao menos entre os pilotos, o português será o idioma mais falado neste fim de semana em Interlagos. Além dos três brasileiros, o reforço ao grupo vem da equipe Jordan, com Tiago Monteiro, nascido na cidade do Porto.

Os países de língua alemã vêm logo atrás, com três representantes --Ralf e Michael Schumacher e o austríaco Christian Klien. Outros três têm o inglês como idioma pátrio: o escocês David Coulthard, o australiano Mark Webber e o inglês Jenson Button.

GP Brasil de F-1
Quando: treinos nesta sexta, às 11h e 14h, sábado, às 9h, 10h15 e 13h, e GP, no domingo, às 14h
Onde: autódromo de Interlagos
Quanto: R$ 260 a R$ 1.430, a partir de hoje só nas bilheterias

Especial
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