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23/09/2005 - 09h20

Interlagos recebe nesta sexta primeiros treinos livres para o GP Brasil

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FÁBIO SEIXAS
TALES TORRAGA
da Folha de S.Paulo

Alinhado no grid do GP Brasil, quatro anos atrás, ele era mais um. Ou menos do que isso. Esquecido na penúltima fila do grid, ao volante do Minardi número 21, Fernando Alonso sabia que pouco poderia fazer. Estava certo: sua primeira experiência em Interlagos duraria apenas 25 voltas, por um problema no acelerador.

De 2001 para cá, piloto e equipe seguiram caminhos opostos. E preparam-se para viver os momentos mais agudos dessas trajetórias agora, neste fim de 2005.

Alonso entra na pista paulistana para os primeiros treinos livres do GP que pode lhe dar o título mundial. A Minardi, para os primeiros treinos livres após o anúncio de que fechará as portas.

A primeira sessão em Interlagos, nesta sexta-feira, acontece das 11h às 12h.

Entre tantas marcas que podem ser alcançadas pelo espanhol no domingo, uma delas une-o ao seu passado. Aos 24, o candidato a mais jovem campeão da história da F-1 pode se tornar também o primeiro campeão a ter pilotado para a mais nanica das equipes.

Um desafio, no entanto só mais um. Se há quatro temporadas o problema era um carro ruim, agora é a desconfiança e a antipatia que desperta até na Espanha.

Avesso a entrevistas, recluso na casa de seus pais, em Oviedo, ele já ganhou fama de mascarado, dissimulado, falso. A ponto de ter que enfrentar torcida de espanhóis contra seu eventual título.

"Quando eu estava na Minardi, tinha que me apegar àquilo que eu havia conquistado nas categorias-escola e manter as esperanças. Depois, em 2002, virei piloto de testes da Renault. É claro que isso abala suas ambições, seus sonhos... Mas depois disso tudo deu certo e de certa forma aconteceu muito rápido", disse.

Além de Alonso, seu companheiro de equipe, Giancarlo Fisichella, Jarno Trulli, da Toyota, e Mark Webber, da Williams, chegaram à F-1 via Minardi, equipe que estreou exatamente no Brasil, em 1985, e que em 20 anos conquistou apenas 38 pontos. Agora, esse acesso ficará mais restrito. Há duas semanas, o time foi comprado pela Red Bull, que o usará como uma subsidiária.

Mas se está a um passo de vencer o seu passado, o espanhol ainda está longe de superar as desconfianças do presente. Ontem, ele foi defrontado com uma série de perguntas de jornalistas espanhóis sobre um movimento que começa a ganhar força entre os torcedores de seu país: de torcida para seu rival, Kimi Raikkonen.

"Cada um diz o que quer, cada um torce para quem quer, eu não posso fazer nada", respondeu, sem alterar o tom de voz. "Se as pessoas não querem me ver, que não me vejam. Se não quiserem me ouvir, que não me ouçam. Se não quiserem mais ver as corridas de F-1 na TV, que mudem de canal e assistam a uma tourada."

Não bastasse a aversão caseira, ele também está em choque com a imprensa inglesa, que vem colocando sua possível conquista em dúvida. O motivo, os repetidos azares de Raikkonen nesta temporada --ambos venceram seis GPs no Mundial mas o finlandês liderou mais voltas, fez mais poles e cravou mais melhores voltas.

"O que vale é a pontuação do campeonato, e eu tenho 25 pontos a mais que ele. A chave para esse título, na minha opinião, é a confiabilidade do carro, que é fantástica. Minha sorte é normal. Talvez eu tenha tido azar demais nos anos anteriores", declarou.

A partir desta sexta-feira sua defesa sai do discurso e vai para a pista. As chances de sucesso são maiores.

GP Brasil de F-1
Quando: treinos nesta sexta, às 11h e 14h, sábado, às 9h, 10h15 e 13h, e GP, no domingo, às 14h
Onde: autódromo de Interlagos
Quanto: R$ 260 a R$ 1.430, na bilheteria

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