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26/09/2005
-
10h15
da Folha de S.Paulo
O árbitro Edílson Pereira de Carvalho influenciou diretamente a definição das equipes rebaixadas à segunda divisão do último Campeonato Paulista.
Em depoimento concedido à Polícia Federal, em São Paulo, o juiz declarou que recebeu dinheiro para manipular resultados em duas partidas do certame, encerrado em abril e que marcou a volta dos pontos corridos.
O cancelamento dos confrontos mudaria a lista dos times rebaixados. O União Barbarense conseguiria se manter na elite estadual com os 20 pontos que conquistou.
Em seu lugar, sucumbiria o América, que passaria a ter 19 pontos, e não 22. Os outros três rebaixados foram União São João (20), Atlético Sorocaba (16) e Inter de Limeira (12).
Carvalho afirmou ter ganhado R$ 10 mil do empresário Nagib Fayad para favorecer o América na vitória por 4 a 1 sobre o Palmeiras. O duelo ocorreu no dia 23 de maio, em São José do Rio Preto.
Pela mesma quantia, confessou ter beneficiado também o Corinthians na vitória sobre o Guarani, por 2 a 0, em 31 de março.
Os dois pagamentos, segundo o árbitro, ocorreram em uma churrascaria no shopping Center Norte, zona norte de São Paulo.
Presidente do União Barbarense durante a disputa do último Estadual, Francisco Silveira Mello informou que vai contatar os atuais dirigentes da equipe para protestar contra o descenso --ele deixou o cargo em maio.
"Se o juiz fez uma confissão dessas, é um dever do União Barbarense tomar todas as medidas possíveis para tentar recuperar seu posto. Eu era o presidente quando o time caiu, fui cobrado por isso e acho que devemos buscar reparação na Justiça", disse.
O time que ficaria na berlinda também afirma que vai se armar para evitar um rebaixamento no tapetão. De acordo com Joacy Antônio Lopes, dirigente máximo do América, não existe chance de a equipe esmorecer nos tribunais. "A probabilidade de a gente cair é zero. Não é só porque esse juiz falou isso que minha equipe vai cair", declarou o presidente.
A defesa, segundo Lopes, deve ser baseada no videoteipe da partida. "Ganhamos de 4 a 1 em um jogo absolutamente normal. Aliás, o juiz expulsou um jogador nosso injustamente. Não há como provar que fomos favorecidos."
No total, Carvalho apitou 12 jogos do Estadual. No depoimento concedido à PF, contudo, relatou só ter recebido para manipular dois duelos.
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Edílson Pereira de Carvalho influenciou no descenso do Paulista-2005
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O árbitro Edílson Pereira de Carvalho influenciou diretamente a definição das equipes rebaixadas à segunda divisão do último Campeonato Paulista.
Em depoimento concedido à Polícia Federal, em São Paulo, o juiz declarou que recebeu dinheiro para manipular resultados em duas partidas do certame, encerrado em abril e que marcou a volta dos pontos corridos.
O cancelamento dos confrontos mudaria a lista dos times rebaixados. O União Barbarense conseguiria se manter na elite estadual com os 20 pontos que conquistou.
Em seu lugar, sucumbiria o América, que passaria a ter 19 pontos, e não 22. Os outros três rebaixados foram União São João (20), Atlético Sorocaba (16) e Inter de Limeira (12).
Carvalho afirmou ter ganhado R$ 10 mil do empresário Nagib Fayad para favorecer o América na vitória por 4 a 1 sobre o Palmeiras. O duelo ocorreu no dia 23 de maio, em São José do Rio Preto.
Pela mesma quantia, confessou ter beneficiado também o Corinthians na vitória sobre o Guarani, por 2 a 0, em 31 de março.
Os dois pagamentos, segundo o árbitro, ocorreram em uma churrascaria no shopping Center Norte, zona norte de São Paulo.
Presidente do União Barbarense durante a disputa do último Estadual, Francisco Silveira Mello informou que vai contatar os atuais dirigentes da equipe para protestar contra o descenso --ele deixou o cargo em maio.
"Se o juiz fez uma confissão dessas, é um dever do União Barbarense tomar todas as medidas possíveis para tentar recuperar seu posto. Eu era o presidente quando o time caiu, fui cobrado por isso e acho que devemos buscar reparação na Justiça", disse.
O time que ficaria na berlinda também afirma que vai se armar para evitar um rebaixamento no tapetão. De acordo com Joacy Antônio Lopes, dirigente máximo do América, não existe chance de a equipe esmorecer nos tribunais. "A probabilidade de a gente cair é zero. Não é só porque esse juiz falou isso que minha equipe vai cair", declarou o presidente.
A defesa, segundo Lopes, deve ser baseada no videoteipe da partida. "Ganhamos de 4 a 1 em um jogo absolutamente normal. Aliás, o juiz expulsou um jogador nosso injustamente. Não há como provar que fomos favorecidos."
No total, Carvalho apitou 12 jogos do Estadual. No depoimento concedido à PF, contudo, relatou só ter recebido para manipular dois duelos.
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