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13/10/2005 - 10h29

Só a seleção brasileira melhora em replay da América do Sul

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EDUARDO ARRUDA
da Folha de S.Paulo, em Belém

A tabela foi rigorosamente igual, assim como os classificados para a Copa e o time que vai para a repescagem contra a Austrália. Na mesmice, em relação ao torneio passado, que foram as eliminatórias para o Mundial da Alemanha, só o Brasil conseguiu algo diferente.

Com a vitória de ontem por 3 a 0 em Belém, o time nacional terminou sua participação em primeiro lugar com 34 pontos conquistados --a mesma marca obtida pela Argentina, que, no entanto, ficou em desvantagem no saldo de gols geral.

"Sempre que jogamos em casa a gente teve um bom futebol. Fechamos as eliminatórias com chave de ouro", disse o capitão Cafu.

Além das duas maiores forças da região, Equador e Paraguai já estão garantidos na Alemanha. O Uruguai, que venceu a Argentina por 1 a 0, ficou com a vaga da repescagem, marcada para novembro. Tenso, o jogo foi marcado por faltas, algumas delas do são-paulino Lugano no corintiano Tévez. Recoba fez o gol uruguaio.

Dessas cinco equipes, a única que superou agora a campanha das eliminatórias passadas foi o Brasil, que conquistou sua classificação com duas rodadas de antecedência, fato inédito.

Foram quatro pontos a mais do que a sofrida campanha no classificatório para 2002, encerrada também com vitória de 3 a 0 sobre a Venezuela, no Maranhão. Mas aquele jogo foi mais dramático.

A Argentina somou nove pontos a menos, o Equador, três, e Paraguai e Uruguai, dois.

A classificação final do qualificatório não tem efeito nenhum para o Mundial --a definição dos cabeças-de-chave tem outros critérios. E também pode significar pouco, na prática, na Copa.

Na eliminatória passada, a Argentina foi a campeã sul-americana e fracassou de forma retumbante no Mundial, sendo eliminada na primeira fase. Enquanto isso, o Brasil, que sofreu no classificatório, fez campanha impecável e ficou com o título.

Na primeira vez que escalava Kaká, Ronaldinho, Ronaldo e Adriano juntos, Parreira viu seu time e o quadrado mágico demorarem para engrenar.

Contra seu maior saco de pancadas sul-americano, o Brasil só abriu o placar aos 29min. Ronaldinho lançou Adriano, que dominou e chutou cruzado para marcar seu sexto gol nas eliminatórias sul-americanas.

"Temos condições de jogar melhor", disse Parreira, na saída para o intervalo, sob forte calor.

E o time foi realmente mais eficiente no segundo tempo. Logo aos 7min, Ronaldo recebeu de Adriano, livrou-se do goleiro e de um zagueiro para marcar. Quebrou um jejum de um ano sem balançar as redes pelo Brasil.

O terceiro não demorou. Aos 17min, Roberto Carlos marcou em cobrança de falta.

Com a vitória garantida, Parreira sacou Ronaldinho, Adriano e Zé Roberto. Robinho, um dos preferidos dos torcedores que lotaram o Mangueirão (desta vez sem incidentes graves, como no treino da véspera), pouco fez. O ritmo do jogo diminuiu, e o placar ficou mesmo nos 3 a 0.

Pela agenda da seleção, a partida de ontem pode ter sido a última em solo brasileiro antes da Copa do Mundo --os amistosos previstos no calendário estão marcados para outros países.

O primeiro acontece em 12 de novembro, quando o time joga nos Emirados Árabes Unidos. A CBF procura um outro adversário, provavelmente também no Oriente Médio, para fazer outra partida próxima a essa data.

Caso os planos dos organizadores do Mundial se concretizem, o Brasil vai fazer sua estréia na competição no dia 13, em Berlim, como cabeça-de-chave do Grupo F.

O sorteio dos grupos, com Pelé e Maradona como convidados especiais, será realizado em dezembro, em Leipzig, uma das sedes do Mundial alemão.
 

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