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24/10/2005 - 10h15

Clássico terá segurança reforçada no Morumbi

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RODRIGO BUENO
TONI ASSIS
da Folha de S.Paulo

A polícia preparou esquema reforçado de segurança para os torcedores fora de campo. Mas, dentro dele, corintianos e são-paulinos abriram brecha para provocações que prometem apimentar o confronto de hoje.

"O clássico acontece num momento conturbado. Estamos usando o esquema tradicional de clássicos, mas com um efetivo maior [2.500 policiais], e que vai atingir um raio de ação mais abrangente fora do estádio", disse o tenente-coronel Luís Fernando Serpa, do 2º Batalhão de Choque.

Na semana passada, três torcedores morreram no Estado em confrontos de torcidas. Na rodada de sábado, Serpa testou o esquema que pretende usar hoje e considerou o resultado positivo. "Fizemos três grandes eventos, com o jogo do Corinthians no Pacaembu, da Portuguesa no Canindé, e do clássico no Morumbi."

O plano de segurança terá início às 8h da manhã, com policiamento reforçado nas estações do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) --um palmeirense morreu no último dia 16 na estação Tatuapé.

As principais vias da cidade, como Paulista, Consolação, Francisco Morato, Juscelino Kubitschek e Morumbi terão atenção especial.

Mas segurança e tranqüilidade são temas abordados apenas fora de campo. A rivalidade de São Paulo e Corinthians fez pipocar provocações de ambos os lados, que podem acirrar o ânimo dos protagonistas do duelo.

O primeiro passo foi dado pelo meia Roger, que comparou o São Paulo ao Paysandu. Depois, buscou atenuar sua declaração. "Não quis provocar ninguém. Disse apenas que os três pontos disputados contra o São Paulo são os mesmos disputados contra Paraná e Paysandu."

Provocações ganharam também força entre os dirigentes. Andrés Sanchez, vice de futebol corintiano, tratou de atiçar a rivalidade ao atacar o superintendente do arqui-rival, o médico Marco Aurélio Cunha. "A única maneira de ele aparecer é falando do Corinthians, que dá audiência. Ele tem que falar mais do São Paulo e menos do nosso time", disse.

No lado são-paulino, o meia Souza, que não enfrentou o Santos sábado por estar suspenso, também deu sua cutucada nos rivais. Segundo o jogador, os corintianos terão a última chance de tentar vencer o São Paulo este ano graças ao cancelamento de 11 partidas imposto pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

"Chegou a hora de alguém vencer o Corinthians. Eles foram os mais favorecidos com a anulação dos jogos. Não sei se isso foi proposital ou não", disse o atleta.

O momento é tão crítico que Souza ficou sem graça ontem quando um jornalista comparou a estampa de sua camisa a um gavião, símbolo da torcida rival.

"Não, isso não é um gavião", disse o meia. Em seguida, emendou: "O que vale é a camisa que uso no campo. Vermelha, preta e branca."

Sem jogar desde a vitória de 6 a 1 sobre o Flamengo, o jogador deu o tom de seu ânimo para a partida. "A minha vontade para esse jogo está triplicada."

As suspensões de resultados do Brasileiro nos bastidores também provocaram reação do goleiro são-paulino Rogério.

"Se o Giovanni [meia do Santos] pegou cinco jogos de suspensão por ter chutado uma bola para fora, posso pegar cinco anos se falar o que penso."

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