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01/11/2005 - 10h01

Tribunal bane juízes, mas mantém resultados do Paulista-2005

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LUÍS FERRARI
da Folha de S.Paulo

Após confessarem terem manipulado partidas do Paulista, Edilson Pereira de Carvalho e Paulo José Danelon foram banidos da arbitragem do futebol de São Paulo. Entretanto nenhuma partida em que atuaram foi anulada.

Ambos foram condenados pela 1ª Comissão Disciplinar do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) de São Paulo na tarde de ontem. Nenhum deles sequer mandou advogados para defendê-los no processo, decidido por unanimidade (3 votos a 0).

A decisão de manter os resultados dos jogos também foi unânime. Os auditores registraram que a investigação do órgão apontou que Carvalho não conseguiu adulterar o resultado de nenhum dos 12 jogos em que atuou e que Danelon influenciou o placar de duas partidas --Guarani 1 x 1 Atlético Sorocaba e Portuguesa Santista 0 x 1 União São João-- das dez que apitou. Ainda que tivessem resultados diferentes, nenhum dos dois jogos afetaria o rebaixamento do Paulista deste ano.

André Luiz Di Rissio, o relator do processo, afastou a possibilidade de se levar em conta as confissões dos árbitros, que admitiram ter manipulado jogos do Estadual. "As palavras dos dois [Carvalho e Danelon] têm que ser vistas com reservas. Eles apresentaram versões conflitantes nas várias vezes que foram ouvidos desde o início do caso", argumentou.

A comissão também levantou uma questão de prazo para não anular os jogos em que acredita ter havido interferência de Danelon. "A lei diz que o prazo para impugnação de partidas é de dois dias após a realização. Como anular partidas que tiveram o resultado homologado?", indagou o auditor José Carlos de Mello Dias.

O terceiro auditor a votar, Luiz Carlos Telles, registrou que nenhum clube pediu anulações de jogos e observou que à comissão compete tão somente "aplicar a lei, não interpretá-la".

Nos jogos do Brasileiro apitados por Carvalho, porém, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) mandou repetir partidas que já haviam sido homologadas.

Consultado pela Folha de S.Paulo para comentar a decisão de ontem, diferente da tomada por sua corte, o presidente da principal instância da Justiça Desportiva, Luiz Zveiter, foi cauteloso. "Não sei se a decisão de São Paulo foi oposta à do STJD. É preciso ver os argumentos que eles usaram", declarou ele, para quem a causa pode subir para o tribunal que preside.

O processo agora irá para o pleno do TJD (segunda instância da corte estadual). Depois, ainda será possível recurso para o STJD.

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