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15/11/2005 - 10h48

Com jovens e sexagenário, Corinthians mira recorde

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EDUARDO ARRUDA
da Folha de S.Paulo

Experiência no banco e juventude no gramado. Essa é a receita que pode fazer o Corinthians entrar para a história do Campeonato Brasileiro. O time, que será campeão se vencer os dois próximos jogos, pode levantar a taça com o técnico mais velho e o elenco mais novo entre todas as edições do torneio.

Se contabilizados os atletas que atuaram em pelo menos seis jogos por um dos vencedores, os corintianos, com média de idade de 22,5 anos, superam o Santos de 2002, com 22,9, a mais jovem equipe a ganhar o Nacional.

"O Brasileiro é um dos melhores e mais difíceis campeonatos do mundo. Quem ficar vai se dar bem no futuro. Vimos o que aconteceu com o Santos campeão brasileiro em 2002. A maioria era vinda dos juniores. Até em projeção vai ser bom para nós que somos mais jovens", afirma o atacante Jô, de 18 anos.

A baixa faixa etária corintiana decorre de fatores como a estratégia de investimentos da MSI e a geração vencedora do clube em suas categorias de base.

A maior parte do time que lidera o Nacional conquistou as duas edições da Copa São Paulo de Juniores, o principal torneio da categoria no país.

Dos 32 jogadores do elenco atual, 19 foram lançados de uma só vez à equipe principal em 2004 graças à penúria financeira que precedeu a chegada da parceira internacional.

A base vencedora foi reforçada com o pesado investimento, de R$ 113 milhões, feito pelo fundo gerido pelo iraniano Kia Joorabchian. O perfil de atletas escolhido priorizou os de pouca idade.

Nessa leva chegaram Tevez, 21, Carlos Alberto, 20, Nilmar, 21, Mascherano, 21, e Sebá, 24. Apenas o meia Roger, 26, e o zagueiro Marinho, 29, fogem a regra. O defensor, titular nas últimas rodadas, é o mais velho do grupo --Eduardo, 18, é o mais jovem.

Após o Brasileiro, os corintianos, já classificados para a Libertadores-2006, planejam ficar com suas revelações pelo menos até 2007. Por isso, no ano passado, Betão, 21, Wendel, 20, Rosinei, 21, e Edson, 21, tiveram, em média, aumento de 15%. O tempo de vínculo dos pratas-da-casa foi ampliado entre 14 e 22 meses.

O perfil da equipe, considerada inexperiente, exigia a contratação de um treinador rodado. Com essa avaliação, os dirigentes trocaram o novato Márcio Bittencourt, que deixou o time em segundo, e acertaram com o ex-delegado de polícia Antônio Lopes, 64.

O técnico, que chegou a ser contestado, arrumou o principal problema da equipe, a defesa. Até agora só perdeu uma vez pelo Brasileiro --para o Cruzeiro. Caminha com certa tranqüilidade para o título e fez seus comandados entrarem na linha.

"A equipe cresceu, mesmo com jogadores jovens, e voltou muito mais madura, tendo paciência para tocar a bola e administrar o marcador", falou o zagueiro Betão. "Nós temos a equipe mais jovem do campeonato. Há muitos jogadores que não sabiam nem o que era atuar no Corinthians e agora podem ser campeões brasileiros. Isso é muito bom", completou o atleta.

Por meio da assessoria de imprensa corintiana, Lopes disse que seria "muito bom" ser o primeiro campeão sexagenário do Brasileiro. Mas informou que só vai comentar o assunto se sua equipe, de fato, ficar com o troféu.
 

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