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22/11/2005 - 09h23

Seleção feminina de ginástica coloca à prova planejamento de 2 anos

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CRISTIANO CIPRIANO POMBO
da Folha de S.Paulo, na Austrália

A seleção feminina testa a partir de hoje, quando realiza sua estréia no Mundial de Melbourne, um status jamais alcançado e coloca à prova um planejamento de dois anos da Confederação Brasileira de Ginástica.

Com Daiane dos Santos, Daniele Hypólito, Laís Souza e Camila Comin, o Brasil chega à competição com seu elenco mais forte em toda a história, o qual responde pelas duas medalhas obtidas pelo país até hoje em Mundiais e por mais 90% dos 33 pódios femininos obtidos na Copa do Mundo.

"Para um Mundial de especialistas por aparelhos, nunca tivemos um grupo tão gabaritado e experiente. Creio que, se a Laís puder competir, podemos voltar com três medalhas", diz Eliane Martins, supervisora de seleções.

A confiança no quarteto ganha respaldo no fato de Daiane ser a atual campeã de solo e estar invicta há quase um ano, além de Laís ser hoje a líder no número de medalhas na Copa do Mundo 2005/ 2006 --já detém sete.

"Estamos preparadas. Agora é mostrar na competição o que temos treinado para corresponder à expectativa", diz Daiane.

Em jogo, diante de 104 rivais de 40 países, as brasileiras sabem que está toda a temporada feita até agora e a de 2006, já que a CBG usa, em especial, os resultados de suas atletas para buscar mais verbas e patrocínios. Só para levar a delegação a este Mundial, a entidade investiu cerca de R$ 150 mil.

"Tivemos dois grandes booms para a ginástica atingir esse estágio [o de ser o oitavo esporte que mais recebe verbas da Lei Piva]. Um deles foi com a prata da Daniele no Mundial-2001, em Gent. E o outro foi o ouro de Daiane no de Anaheim, em 2003. O projeto foi feito para que o terceiro venha agora", diz Marco Monteiro, diretor de marketing da CBG.

Contudo, em seu maior evento do ano, a entidade não terá o que considera sua maior vitrine, a TV Globo, que viu a Band lhe tomar a frente nos direitos de transmissão do torneio --a emissora paulista, porém, irá exibir somente as finais a partir de sexta-feira.

Quanto a Laís, que caiu durante um treino nas paralelas assimétricas domingo, a CBG ficou mais otimista após o resultado de uma radiografia, que não apontou nenhuma lesão na atleta. Poupada ontem, a caçula da equipe, apesar de ainda ter de realizar um teste, é esperada para o torneio. "Vamos ver como reage no treino, mas acreditamos que ela deva competir normalmente", disse Martins.

No último Mundial, em que obteve a vaga olímpica por equipes, o país viu Daiane vencer no solo e Daniele e Camila entre as 24 melhores no individual geral.

E não será fácil repetir a dose agora, já que pela frente estarão rivais de peso, como a romena Catalina Ponor, dona de três ouros em Atenas-04, e a americana Alicia Sacramone, que venceu o salto e solo no Pré-Pan no Rio.

E mais difícil ainda será ficar de novo à frente da Romênia no Mundial --em Anaheim, o país acabou em sexto, melhor posição na história, e a rival, em nona.

Apesar da confiança, com exceção de Daniele, que estreará nova série de solo ao som de "Cidade Maravilhosa" e atuará nos quatro aparelhos, as brasileiras usarão as suas coreografias antigas.

Caso se classifiquem hoje, as brasileiras podem voltar a atuar na sexta, quando ocorre a final do individual geral, e no final de semana, nas finais por aparelhos.

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