Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/12/2005 - 09h31

Polêmica com atacante Amoroso tira a paz do São Paulo

Publicidade

TONI ASSIS
da Folha de S.Paulo, em Tóquio (JAP)

Os dirigentes do São Paulo bem que tentam, mas a tranqüilidade necessária para o momento de estréia no Mundial de Clubes da Fifa (quarta-feira, às 8h20, contra o Al Ittihad) está, cada vez mais, sendo trocada pela tensão e pela crise.

E o assunto que deixou ontem o presidente do clube, Marcelo Portugal Gouvêa, exposto a essa situação foi o futuro do atacante Amoroso, que tem contrato com o São Paulo até 31 de dezembro, e que assinou um pré-contrato com o FC Tóquio, do Japão.

O que causou o desabafo do dirigente foi o fato de Amoroso se achar desvalorizado por não ter sido procurado para renovar contrato após a Libertadores.

Irritado com a questão, Gouvêa praticamente deu o bilhete azul para o jogador após o torneio do Japão. "Se ele quiser ir, que vá. Ele [Amoroso] não assinou o contrato obrigado. Não vou ficar fazendo loucuras. Renovamos com o Lugano, o Cicinho. Fazemos o possível. Isso foi opção dele. E jamais vamos cobrir uma proposta do exterior. Aconteceu o mesmo com o Luizão, que tinha assinado um pré-contrato com o Japão, mas ele tinha um problema com o Leão [então técnico do clube]", disse o dirigente sobre o fato de o São Paulo ter de pagar US$ 500 mil como multa rescisória do pré-contrato que o procurador de Amoroso, Nivaldo Baldo, assinou com o time japonês.

Ao ser questionado se o fato de Amoroso se sagrar campeão do mundo com o São Paulo poderia mudar algo, ele foi irônico. "A faixa de campeão vai ser boa para os dois [clube e jogador]. Que dê tudo certo e que ele seja feliz", completou o dirigente.

O jogador afirmou que a multa não é empecilho para a sua permanência, mas voltou a avalizar a decisão de seu procurador por ter assumido um compromisso no Japão. "É questão de sentar e conversar com o São Paulo. Mas meu procurador tem plenos poderes para fazer o que quiser."

Em seguida, ele fez um discurso cauteloso. "Penso apenas nos dois jogos. Ainda não tenho um título mundial no meu currículo. Isso é o mais importante agora."

O jogador já tinha sido colocado como prioridade pelo técnico Paulo Autuori para a temporada de 2006. "Já passei para a diretoria o que penso sobre isso. O Amoroso é um grande jogador e gostaria de contar com ele."

O atleta, principal destaque da equipe desde que chegou ao Morumbi, no entanto, está sendo alvo direto de outros centros.

Ontem, no saguão de um hotel em Tóquio, um representante de uma equipe francesa tentava se aproximar de Amoroso para fazer uma oferta que o leve de volta ao futebol europeu.

Além da crise envolvendo o seu principal jogador de linha, os dirigentes se antecipavam em afirmar que não havia problema de premiação. "Isso não existe", afirmava o diretor de planejamento João Paulo de Jesus Lopes.

Mas apesar da negativa da diretoria, o acordo para a premiação, de fato, ainda não aconteceu.

Em meio a tantos problemas, o São Paulo teve ontem uma notícia satisfatória. A Fifa reiterou que o Al Ittihad não vai poder escalar os brasileiros Pedrinho, Lima e Marcão contra o time paulista.

Especial
  • Leia cobertura completa sobre o Mundial de Clubes
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página