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13/12/2005 - 11h05

Gaúcho encerra 9 anos de reinado de Guga

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TATIANA CUNHA
da Folha de S.Paulo

Após nove anos vendo o catarinense Gustavo Kuerten como tenista mais bem ranqueado do país ao final da temporada, o Brasil tem um novo número um. O responsável por isso é o gaúcho Marcos Daniel, 27, que começou o ano como o sétimo brasileiro na lista semanal divulgada pela ATP.

Ontem, no último ranking do ano, aparece na 94ª colocação, a melhor de um brasileiro. Mais que isso, a melhor de sua carreira. É a primeira vez em dez anos que o Brasil fecha o ano com apenas um tenista entre os top 100. Os outros dois tenistas do país que vêm a seguir na atual lista são Flavio Saretta, número 109, e Ricardo Mello, 111º. Kuerten é o 294º.

"Preciso desse ranking porque é ele que vai garantir minha vida financeira", disse Daniel, de Passo Fundo, sua cidade natal.

Vida financeira, aliás, que sempre foi o maior obstáculo da carreira de Daniel e quase fez com que ele abandonasse o esporte.

Filho de Mario e Mauricéia, dois bancários agora aposentados, começou a jogar tênis aos quatro anos, de brincadeira. O pai, que jogava futsal, machucou-se e teve que optar entre tênis ou natação. O filho sempre o acompanhava e tomou gosto pelo esporte.

"Virei profissional em 1997, mas tive um início muito complicado, com muitas lesões, fiquei muito tempo parado e perdi meu ranking várias vezes", disse. "Além disso, tinha o problema financeiro, não tinha grana para viajar."

Em 2003, em um torneio no Chile, achou que faria sua despedida. "Fui lá para dar um tchau, mas foi tão bom que acabei resolvendo tentar mais um pouco." No ano passado, outra vez teve que se afastar das quadras por falta de dinheiro. Ficou quase três meses sem jogar até que conseguiu uma ajuda. Terminou 2004 na 267ª colocação --o sétimo brasileiro.

Para 2005, preparou-se melhor com a ajuda do irmão Márcio, que também é seu treinador, e conseguiu chegar ao topo do ranking nacional. Venceu três challengers (dois em Bogotá e um em Guayaquil) e chegou à final em outros dois, mesmo sem verba.

Daniel segue atrás de patrocínio para 2006. Para isso, já enviou cartas a possíveis parceiros. "Por enquanto não há nada concreto."
 

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