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18/12/2005
-
10h15
da Folha de S.Paulo
Depois de sete anos, o nadador Kaio Márcio voltou a incluir um brasileiro entre os recordistas mundiais. Ontem, ele bateu a marca dos 50 m borboleta, em piscina curta, durante o Torneio da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, em Santos.
O atleta paraibano marcou 20s60 na distância na final da competição, reduzindo em 11 centésimos o tempo do norte-americano Ian Crocker, que tinha sido obtido em outubro de 2004, no Mundial de Indianápolis.
A última vez que um atleta brasileiro tinha conseguido quebrar o recorde mundial foi em 1998, com o revezamento 4 x 100 em piscina curta. Na época, Gustavo Borges, Fernando Scherer, Carlos Jayme e Alexandre Massura obtiveram a melhor marca mundial em torneio no Rio de Janeiro.
Só 11 nadadores brasileiros em toda a história conseguiram recordes mundiais. Entre eles, Ricardo Prado, Maria Lenk e Manoel dos Santos.
Apenas oito marcas foram quebradas por atletas nacionais, já que duas delas foram em revezamentos. Dessas, quatro foram em piscinas curtas, como a obtida por Kaio Márcio ontem.
No dia anterior, o nadador já conseguira a melhor marca do ano na prova de 100 metros borboleta, com 50s62. E havia batido os recordes brasileiros e sul-americanos.
Para chegar a este rendimento, mudou sua forma de preparação, após ter resultados decepcionantes na Olimpíada de Atenas-não chegou sequer as finais. Agora, o atleta tem sido acompanhado por uma equipe formada nutricionista, psicólogo e fisiologista, sob o comando do técnico João Moura.
"Sempre converso com os principais atletas do meu estilo nas competições internacionais. Observo muito e acho que a competição também acontece em nível mental, fora das piscinas", disse Kaio Márcio.
"Estão fazendo o trabalho deles e que também enfrentam dificuldades e você também é capaz de chegar no melhor, mesmo com os obstáculos", completou.
Para o técnico João Moura, o resultado obtido ontem é conseqüência de trabalho realizado desde 1997, quando o nadador foi descoberto na Clínica de Novos Talentos da CBDA. Segundo ele, desde então o atleta tem amadurecido constantemente.
"Em Atenas, ele não teve o resultado que esperava e não parou para chorar. Foi à luta. Também acho super importante a confiança dele no seu técnico e também no trabalho que é feito no Brasil."
Brasil tem recordista na natação depois de sete anos
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Depois de sete anos, o nadador Kaio Márcio voltou a incluir um brasileiro entre os recordistas mundiais. Ontem, ele bateu a marca dos 50 m borboleta, em piscina curta, durante o Torneio da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, em Santos.
O atleta paraibano marcou 20s60 na distância na final da competição, reduzindo em 11 centésimos o tempo do norte-americano Ian Crocker, que tinha sido obtido em outubro de 2004, no Mundial de Indianápolis.
A última vez que um atleta brasileiro tinha conseguido quebrar o recorde mundial foi em 1998, com o revezamento 4 x 100 em piscina curta. Na época, Gustavo Borges, Fernando Scherer, Carlos Jayme e Alexandre Massura obtiveram a melhor marca mundial em torneio no Rio de Janeiro.
Só 11 nadadores brasileiros em toda a história conseguiram recordes mundiais. Entre eles, Ricardo Prado, Maria Lenk e Manoel dos Santos.
Apenas oito marcas foram quebradas por atletas nacionais, já que duas delas foram em revezamentos. Dessas, quatro foram em piscinas curtas, como a obtida por Kaio Márcio ontem.
No dia anterior, o nadador já conseguira a melhor marca do ano na prova de 100 metros borboleta, com 50s62. E havia batido os recordes brasileiros e sul-americanos.
Para chegar a este rendimento, mudou sua forma de preparação, após ter resultados decepcionantes na Olimpíada de Atenas-não chegou sequer as finais. Agora, o atleta tem sido acompanhado por uma equipe formada nutricionista, psicólogo e fisiologista, sob o comando do técnico João Moura.
"Sempre converso com os principais atletas do meu estilo nas competições internacionais. Observo muito e acho que a competição também acontece em nível mental, fora das piscinas", disse Kaio Márcio.
"Estão fazendo o trabalho deles e que também enfrentam dificuldades e você também é capaz de chegar no melhor, mesmo com os obstáculos", completou.
Para o técnico João Moura, o resultado obtido ontem é conseqüência de trabalho realizado desde 1997, quando o nadador foi descoberto na Clínica de Novos Talentos da CBDA. Segundo ele, desde então o atleta tem amadurecido constantemente.
"Em Atenas, ele não teve o resultado que esperava e não parou para chorar. Foi à luta. Também acho super importante a confiança dele no seu técnico e também no trabalho que é feito no Brasil."
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