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20/12/2005 - 10h21

Título mundial dá ao São Paulo recorde no caixa

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EDUARDO ARRUDA
RODRIGO MATTOS
da Folha de S.Paulo

Campeão Mundial de Clubes anteontem no Japão, o São Paulo transformou seu sucesso nos gramados em recorde de receitas: ultrapassará pela primeira vez a barreira de R$ 100 milhões no balanço de 2005.

Até novembro, o balancete totalizava R$ 90 milhões. Só com a premiação do Mundial --US$ 4,5 milhões (R$ 10,3 milhões)-- a marca já foi superada.

Esse valor representa o dobro do que o clube ganhou em 2001, último ano antes da gestão do atual presidente, Marcelo Portugal Gouvêa. Até hoje clubes brasileiros só tinham superado esse patamar com a ajuda de parceiros, como o Flamengo/ISL e o Corinthians/MSI.

O número são-paulino também coloca o clube no mesmo nível da CBF, que conta com patrocínios milionários e arrecada cerca de R$ 100 milhões anuais em média.

Até chegar a esse estágio, a diretoria atual aumentou ano a ano suas rendas. De 2001 a 2002, o valor saltou de R$ 50,5 milhões para R$ 77 milhões.

Nos dois anos seguintes, 2003 e 2004, ficou em R$ 92,7 milhões e R$ 82,6 milhões, respectivamente. Só que esses valores eram obtidos graças às negociações de jogadores, que rendiam pelo menos R$ 20 milhões anuais.

Mas, em 2005, o saldo positivo deve-se, essencialmente, às receitas com premiações, rendas de jogos, cotas de televisão, publicidade e patrocínio. Com três títulos no ano --Paulista, Libertadores e Mundial--, os são-paulinos ganharam quase R$ 70 milhões.

As outras fontes de renda do clube são o estádio do Morumbi, que gera dinheiro com o aluguel do estádio e de camarotes corporativos e de algumas áreas do clube social, que é deficitário e tem previsão de fechar em R$ 9 milhões negativo no próximo ano.

Com tantas rendas, o clube terá superávit de R$ 5 milhões, depois de um déficit no ano passado.

"É uma receita fantástica. Só vínhamos tendo déficit e, neste ano, pela primeira vez, fecharemos com superávit graças ao desempenho do futebol", disse Paulo Planet Buarque, presidente em exercício do São Paulo até o retorno de Gouvêa.

Em 2003, quando as receitas chegaram a R$ 92,7 milhões, as vendas de Kaká, Júlio Baptista e Kléber renderam cerca de US$ 14 milhões (R$ 40,3 mi) à equipe, que apresentou, em seu balanço financeiro, superávit de R$ 7,2 mi.

Essa foi a principal diferença para 2005. Nesta temporada, o clube vendeu apenas o zagueiro Rodrigo, por US$ 3 milhões (R$ 6,8 mi). Em contrapartida, não gastou um centavo do orçamento de R$ 41 milhões para contratar seus reforços. Só acertou salários.

Pelas contas dos dirigentes são-paulinos, é necessário vender US$ 12 milhões em atletas por ano para equilibrar as finanças. Como isso não ocorreu neste ano, os são-paulinos só estão no azul por conta do desempenho do time.

No ano passado, o clube, que não conquistou títulos, negociou apenas Luis Fabiano e fechou com déficit de R$ 1,9 milhão.

O bom desempenho em campo também trouxe dividendos ao clube em relação a seus patrocinadores. O contrato com a LG, que rendia R$ 8 milhões por ano, foi renovado pelo dobro desse valor por mais duas temporadas.

O clube acertou com a Reebok o acordo de material esportivo e recebeu à vista R$ 5 milhões.
 

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