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21/12/2005 - 10h23

Fora do STJD, Luiz Zveiter já prega a renovação do tribunal

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SERGIO RANGEL
da Folha de S.Paulo, no Rio

Ao deixar o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), destituído pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) anteontem, o desembargador Luiz Zveiter mudou o discurso: disse que o órgão não precisa mais de magistrados e pregou a alternância de poder.

Antes de ser impedido de ficar, ele pregava que os juízes davam mais credibilidade aos tribunais esportivos. E, com um intervalo de um ano, ficou por dez anos à frente do STJD, sem permitir a renovação do órgão.

"Acho que cumprimos o nosso papel [magistrados]. Sem nenhum interesse, demos a nossa contribuição. Ninguém pode se perenizar no cargo", disse Zveiter.

Com esse discurso, ele reafirmou que não vai recorrer da decisão do CNJ -havia possibilidade de tentar reverter a decisão.

Desembargador da 9ª Câmara Cível, disse que vai se dedicar ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, onde vai concorrer à vaga de corregedor-geral. No futuro, a intenção de Zveiter é assumir a presidência do órgão.

Para substituí-lo na presidência do tribunal do esporte, indicou Rubens Aprobatto, ex-presidente do OAB, que foi seu aliado.

A partir de 1º de janeiro, o advogado já será o comandante do tribunal de forma provisória, como mais antigo auditor. Isso porque o vice-presidente do STJD, Nelson Thomaz Braga, também será destituído porque é desembargador do Tribunal Regional do Trabalho-RJ, cargo que não pretende abandonar no momento.

"O Aprobatto é um bom nome por causa da sua experiência", afirmou Zveiter.

Apesar de dizer que era hora de sair, ele deixou escapar uma alfinetada contra seus críticos, afirmando que o mundo do futebol vai sentir sua falta.

"Agora estou de fora. Vamos ver no final do campeonato do ano que vem se eles vão sentir saudades de mim", afirmou.

Mesmo assim, ele acha que a CBF, com que brigou pelo poder, não vai dominar o tribunal. "O Brasil não comporta mais retrocesso neste campo."

Embora vá deixar o cargo no momento, Thomaz Braga, candidato da CBF à presidência do tribunal, projeta uma volta à Justiça Desportiva. Seu filho é casado com a filha do presidente da confederação, Ricardo Teixeira.

"Eu não descarto essa possibilidade. Mas ainda haverá um tempo no tribunal [trabalhista]. Não coloco prazos", afirmou.

Responsável por indicar Zveiter, a Federação dos Atletas (Fenapaf) espera apenas o comunicado oficial da sua saída para realizar uma assembléia na qual escolherá dois novos nomes para o tribunal --Luiz Lanfredi também saiu, e os clubes terão de indicar outro nome.
 

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