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01/01/2006 - 09h15

Após 20 anos, São Silvestre festeja bicampeão caseiro

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ADALBERTO LEISTER FILHO
FERNANDO ITOKAZU
TALES TORRAGA
da Folha de S.Paulo

Marilson dos Santos, 28, acabou ontem com a "maldição" do bicampeonato e conquistou seu segundo título da São Silvestre. O feminino coroou outro bicampeonato, Olivera Jevtic --a sérvia havia conquistado o título em 1998.

Marilson terminou a prova em 44min21s, ficando quase um minuto à frente de Robert Cheruiyot, 27, o segundo colocado, que cravou o tempo de 45min17s.

Fazia 20 anos que o Brasil não emplacava um atleta duas vezes no alto do pódio. O último corredor do país a conquistar um bicampeonato havia sido José João da Silva, hoje aposentado, em 85.

Nesse período, seis brasileiros ganharam títulos solitários: Ronaldo da Costa (1994), Carmem de Oliveira (1995), Roseli Machado (1996), Emerson Iser Bem (1997), Maria Zeferina Baldaia (2001) e Marizete Rezende (2002).

Com a vitória, o Brasil também se aproximou mais do Quênia em número de troféus. Desde que a São Silvestre passou a convidar estrangeiros e ganhou status internacional, em 1945, o país levou 13 taças --masculino e feminino--, contra 14 dos africanos. Portugal, o terceiro país mais vitorioso, conta com 11 conquistas.

Marilson, campeão da prova em 2003, distanciou-se dos demais atletas ao lado de Cheruiyot.

O queniano, bicampeão da São Silvestre (2002 e 2004), buscava o terceiro título, para se aproximar de seu compatriota, Paul Tergat, maior vencedor da história da competição, com cinco triunfos.

No entanto, na avenida Rio Branco, Marilson imprimiu um ritmo ainda mais forte, deixando o adversário para trás. Na subida da avenida Brigadeiro Luís Antônio, na última oportunidade de Cheruiyot atacar, o queniano sentiu o cansaço e não ameaçou.

"Já havia sido campeão e daria tudo para conquistar novamente esse título. Felizmente isso aconteceu", comemorou Marilson.

Ontem, o fundista enfrentou um calor de 34C. Nos últimos dez anos, foi a primeira vez que a prova masculina foi disputada em temperatura mais alta que a feminina, que teve início mais cedo.

O brasiliense conquistou, neste ano, outras vitórias em provas de rua importantes do país. Foi campeão do Super 10K, em Brasília, da São Silveira, em Barueri, e do Troféu Cidade de São Paulo.

O atleta também foi o brasileiro mais bem classificado na maratona do Mundial de Helsinque (Finlândia), em agosto --terminou com a décima colocação.

No ano em que emplacaram um recorde de 18 competidores nas ruas de São Paulo, os quenianos saíram frustrados. Badalados como favoritos, ficaram sem vitória no masculino e no feminino, fato que não ocorria desde 2001.
O início da prova feminina foi muito forte. A queniana Rose Cheruiyot e a etíope Bizunesh Bekele partiram na frente, acompanhadas pelas brasileiras Lucélia Peres e Sirlene Pinho.

As duas estrangeiras, porém, deixaram as brasileiras para trás no elevado Costa e Silva, logo no quinto quilômetro da prova. Lucélia ainda tentou atacar as africanas na avenida Rudge, mas não as acompanhou por muito tempo.

Como em 1998, quando chegou de forma quase anônima, Olivera Jevtic novamente surpreendeu. Na subida da avenida Brigadeiro Luís Antônio, quando normalmente a São Silvestre já está definida, é que Jevtic superou Rose, que chegou a liderar com folga.

"Elas estavam loucas no início da prova. Não fiquei com medo delas abrirem muita vantagem. Meu técnico já tinha me alertado para poupar energia e apertar no final", festejou ela, que encerrou o domínio de brasileiras e quenianas, que se alternaram no alto do pódio nos seis anos anteriores.

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