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02/01/2006
-
09h16
FERNANDO ITOKAZU
TALES TORRAGA
da Folha de S.Paulo
A organização da São Silvestre vai propor a criação de uma guerra dos sexos com a mudança no horário da largada da elite feminina à emissora de TV que detém os direitos de transmissão da prova.
A medida tem o objetivo principal de evitar o calor (em 2005, as mulheres largaram às 15h20), mas a organização quer incrementar os efeitos da mudança.
A idéia é soltar as atletas de elite alguns minutos antes dos principais corredores para que eles cheguem emparelhados ao final.
"Se os homens conseguissem alcançar as mulheres, ficaria legal. Criaria uma nova atração", afirmou o organizador da São Silvestre, Júlio Deodoro.
Com base na disputa de sábado, a diferença entre as largadas teria de ser algo em torno de sete minutos. Marilson dos Santos obteve o bicampeonato na prova com 44min21s, enquanto Olivera Jevtic, da Sérvia e Montenegro, venceu com 51min37s.
A disputa entre os sexos já está instituída em algumas provas, como a Maratona de São Paulo --em 2005, Márcia Narloch, vencedora no feminino, terminou à frente de José Telles, que largou 23 minutos depois que a catarinense.
Para não atrapalhar os atletas da elite masculina da São Silvestre, as demais mulheres largariam na multidão, como era feito até 1988, quando houve a separação. Até então, as mulheres corriam às 20h30, e os homens, às 23h05.
De acordo com a organização da prova, a separação das provas masculina e feminina foi feita a pedido das corredoras, lideradas pela portuguesa Rosa Mota, hexacampeã da São Silvestre.
"Muitos homens não se conformavam com uma mulher ganhando deles e acabavam empurrando", afirmou o organizador da prova. "Além disso, havia também sacanagens, com homens se aproveitando da situação."
Ainda existe a opção de realizar a corrida feminina um dia antes, mas o grande problema neste caso seria a provável perda de visibilidade para as mulheres.
Na edição de 2005, dos 15 mil inscritos, 2.000 eram mulheres. Algumas, por vontade própria, fugiram do calor e preferiram correr com os homens, ficando sem classificação oficial.
A organização da São Silvestre reconhece que a alta temperatura é um problema na corrida feminina. "O esquema atual não é o ideal", afirmou o diretor técnico da prova, Manuel Garcia Arroyo.
Especial
Leia cobertura completa sobre a São Silvestre
Organização quer disputa dos sexos na São Silvestre
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TALES TORRAGA
da Folha de S.Paulo
A organização da São Silvestre vai propor a criação de uma guerra dos sexos com a mudança no horário da largada da elite feminina à emissora de TV que detém os direitos de transmissão da prova.
A medida tem o objetivo principal de evitar o calor (em 2005, as mulheres largaram às 15h20), mas a organização quer incrementar os efeitos da mudança.
A idéia é soltar as atletas de elite alguns minutos antes dos principais corredores para que eles cheguem emparelhados ao final.
"Se os homens conseguissem alcançar as mulheres, ficaria legal. Criaria uma nova atração", afirmou o organizador da São Silvestre, Júlio Deodoro.
Com base na disputa de sábado, a diferença entre as largadas teria de ser algo em torno de sete minutos. Marilson dos Santos obteve o bicampeonato na prova com 44min21s, enquanto Olivera Jevtic, da Sérvia e Montenegro, venceu com 51min37s.
A disputa entre os sexos já está instituída em algumas provas, como a Maratona de São Paulo --em 2005, Márcia Narloch, vencedora no feminino, terminou à frente de José Telles, que largou 23 minutos depois que a catarinense.
Para não atrapalhar os atletas da elite masculina da São Silvestre, as demais mulheres largariam na multidão, como era feito até 1988, quando houve a separação. Até então, as mulheres corriam às 20h30, e os homens, às 23h05.
De acordo com a organização da prova, a separação das provas masculina e feminina foi feita a pedido das corredoras, lideradas pela portuguesa Rosa Mota, hexacampeã da São Silvestre.
"Muitos homens não se conformavam com uma mulher ganhando deles e acabavam empurrando", afirmou o organizador da prova. "Além disso, havia também sacanagens, com homens se aproveitando da situação."
Ainda existe a opção de realizar a corrida feminina um dia antes, mas o grande problema neste caso seria a provável perda de visibilidade para as mulheres.
Na edição de 2005, dos 15 mil inscritos, 2.000 eram mulheres. Algumas, por vontade própria, fugiram do calor e preferiram correr com os homens, ficando sem classificação oficial.
A organização da São Silvestre reconhece que a alta temperatura é um problema na corrida feminina. "O esquema atual não é o ideal", afirmou o diretor técnico da prova, Manuel Garcia Arroyo.
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