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09/01/2006
-
10h29
LUÍS FERRARI
da Folha de S.Paulo
No Campeonato Paulista, que começa na quarta-feira, não serão cumpridas duas promessas feitas pela Federação Paulista de Futebol no ano passado.
Antes do início do Estadual de 2005, o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, ao ser indagado pela Folha a respeito do item do regulamento que previa que o campeão poderia ser definido no sorteio, chamou a determinação de "injusta" e disse que isso deveria ser alterado no ano seguinte.
Mas não foi. O regulamento desta edição manteve como quinto critério de desempate o sorteio, inclusive para a definição do campeão e dos rebaixados.
Outro compromisso assumido pelo dirigente no ano passado, uma campanha contra o racismo no futebol, ainda engatinha.
Quando ocorreu o episódio entre o atacante são-paulino Grafite e o zagueiro argentino Desábato na Libertadores do ano passado, o Paulista ainda estava em andamento. Na ocasião, Del Nero afirmara que a federação não tomaria a frente de medidas contra o racismo no torneio de 2005.
"Temos o projeto de iniciar uma campanha oficial [contra o racismo] antes do início do Paulista do ano que vem", disse o dirigente, em abril do ano passado, explicando que a opção por deixar a iniciativa para 2006 visava evitar que o tema --palpitante na ocasião, pela prisão do argentino no gramado do Morumbi-- caísse no esquecimento.
Del Nero diz que a permanência do sorteio é uma imposição do Estatuto do Torcedor, que exige a manutenção dos regulamentos por dois anos consecutivos.
"No ano passado, foi adotado porque faltavam datas, por exemplo, para um jogo extra. Neste ano, o problema não é de datas, mas da obrigação legal de manter o regulamento, o que manda o Estatuto do Torcedor."
Sobre a campanha contra o racismo, Del Nero diz que espera um entendimento com a Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo para uma ação conjunta.
"Não trabalhamos com ilusão. É importante a campanha ter fundamento. Por isso, o melhor é fazer em conjunto com o órgão estadual", afirma o dirigente, que se reuniu com o titular da secretaria, Hédio Silva Júnior, no fim de 2005, para traçar a estratégia.
Ele pretende retomar os contatos neste mês, mas reconhece que dificilmente o projeto sai do papel a tempo da primeira rodada, marcada para depois de amanhã.
"Internamente, porém, já atuamos contra o racismo. Após o problema com Grafite, os árbitros foram orientados a não falar com atletas em termos que podem ser considerados racistas."
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da Folha de S.Paulo
No Campeonato Paulista, que começa na quarta-feira, não serão cumpridas duas promessas feitas pela Federação Paulista de Futebol no ano passado.
Antes do início do Estadual de 2005, o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, ao ser indagado pela Folha a respeito do item do regulamento que previa que o campeão poderia ser definido no sorteio, chamou a determinação de "injusta" e disse que isso deveria ser alterado no ano seguinte.
Mas não foi. O regulamento desta edição manteve como quinto critério de desempate o sorteio, inclusive para a definição do campeão e dos rebaixados.
Outro compromisso assumido pelo dirigente no ano passado, uma campanha contra o racismo no futebol, ainda engatinha.
Quando ocorreu o episódio entre o atacante são-paulino Grafite e o zagueiro argentino Desábato na Libertadores do ano passado, o Paulista ainda estava em andamento. Na ocasião, Del Nero afirmara que a federação não tomaria a frente de medidas contra o racismo no torneio de 2005.
"Temos o projeto de iniciar uma campanha oficial [contra o racismo] antes do início do Paulista do ano que vem", disse o dirigente, em abril do ano passado, explicando que a opção por deixar a iniciativa para 2006 visava evitar que o tema --palpitante na ocasião, pela prisão do argentino no gramado do Morumbi-- caísse no esquecimento.
Del Nero diz que a permanência do sorteio é uma imposição do Estatuto do Torcedor, que exige a manutenção dos regulamentos por dois anos consecutivos.
"No ano passado, foi adotado porque faltavam datas, por exemplo, para um jogo extra. Neste ano, o problema não é de datas, mas da obrigação legal de manter o regulamento, o que manda o Estatuto do Torcedor."
Sobre a campanha contra o racismo, Del Nero diz que espera um entendimento com a Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo para uma ação conjunta.
"Não trabalhamos com ilusão. É importante a campanha ter fundamento. Por isso, o melhor é fazer em conjunto com o órgão estadual", afirma o dirigente, que se reuniu com o titular da secretaria, Hédio Silva Júnior, no fim de 2005, para traçar a estratégia.
Ele pretende retomar os contatos neste mês, mas reconhece que dificilmente o projeto sai do papel a tempo da primeira rodada, marcada para depois de amanhã.
"Internamente, porém, já atuamos contra o racismo. Após o problema com Grafite, os árbitros foram orientados a não falar com atletas em termos que podem ser considerados racistas."
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