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20/01/2006
-
11h00
EDUARDO OHATA
da Folha de S.Paulo, nos Estados Unidos
Sem a menor intenção, Sertão tornou-se um divulgador cultural do Nordeste. As manias do nativo de Cruz das Almas --usar chapéu de cangaceiro no ringue e gritar "o sertão vai virar mar!" para as câmeras-- surgiram de maneira acidental. Mas já despertam a atenção da mídia dos EUA.
Ao ser questionado pela Folha de S.Paulo se é um admirador de Antonio Conselheiro, a quem a frase é atribuída, Sertão mostrou-se perplexo. "Quem é?"
O pugilista diz que passou a reproduzir a frase ao ouvi-la de uma de suas ex-mulheres.
"Uma vez ela me disse que, já que meu apelido era Sertão, seria legal se eu gritasse essa coisa de 'o sertão vai virar mar'..."
Ele lembra que seu desjejum no Nordeste era café com farinha e que, muitas vezes, saía de casa sem saber se iria almoçar.
"Não sei nada, mas entendi que a frase significava que o lugar onde vivia com minha família, que é muito seco, um dia teria coisas boas, como água e comida para todos", completa.
Outro costume de Sertão --subir o ringue com chapéu de cangaceiro-- também surgiu por acaso. No início da carreira, ele usava chapéu de caubói. "Depois de um tempo, até os brasileiros que iam a suas lutas nos EUA ofereciam chapéus de cangaceiro", conta o manager Servílio de Oliveira.
Sem saber, boxeador Sertão vira divulgador cultural do Nordeste
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da Folha de S.Paulo, nos Estados Unidos
Sem a menor intenção, Sertão tornou-se um divulgador cultural do Nordeste. As manias do nativo de Cruz das Almas --usar chapéu de cangaceiro no ringue e gritar "o sertão vai virar mar!" para as câmeras-- surgiram de maneira acidental. Mas já despertam a atenção da mídia dos EUA.
Ao ser questionado pela Folha de S.Paulo se é um admirador de Antonio Conselheiro, a quem a frase é atribuída, Sertão mostrou-se perplexo. "Quem é?"
O pugilista diz que passou a reproduzir a frase ao ouvi-la de uma de suas ex-mulheres.
"Uma vez ela me disse que, já que meu apelido era Sertão, seria legal se eu gritasse essa coisa de 'o sertão vai virar mar'..."
Ele lembra que seu desjejum no Nordeste era café com farinha e que, muitas vezes, saía de casa sem saber se iria almoçar.
"Não sei nada, mas entendi que a frase significava que o lugar onde vivia com minha família, que é muito seco, um dia teria coisas boas, como água e comida para todos", completa.
Outro costume de Sertão --subir o ringue com chapéu de cangaceiro-- também surgiu por acaso. No início da carreira, ele usava chapéu de caubói. "Depois de um tempo, até os brasileiros que iam a suas lutas nos EUA ofereciam chapéus de cangaceiro", conta o manager Servílio de Oliveira.
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