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02/02/2006 - 09h38

Disputa na Justiça ameaça eleição do Corinthians

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EDUARDO ARRUDA
RICARDO PERRONE
da Folha de S.Paulo

A eleição corintiana, marcada para a noite desta quinta-feira, transformou-se numa batalha jurídica. Ontem, o Fórum do Tatuapé recebeu pelo menos quatro pedidos de medidas cautelares para impedir a votação no Parque São Jorge.

Todas as ações foram elaboradas pelos opositores de Alberto Dualib, que deve concorrer apenas com o ex-presidente Waldemar Pires. O estatuto corintiano permite que as chapas sejam inscritas no dia do pleito.

Até o início da noite de ontem, uma das liminares havia sido indeferida pela Justiça. Ela foi pedida pelo conselheiro Fredy Marcelo Auricchio Espósito.

Ele usou a Lei Pelé para tentar impedir a votação. Citou o artigo que afirma que as contas do clube precisam ser aprovadas pelo Conselho Deliberativo, desde que este tenha conhecimento do relatório elaborado pelo Conselho Fiscal sobre as movimentações financeiras da entidade.

O Conselho Fiscal corintiano reprovou o balanço de 2005, mas seu parecer não foi mostrado ao Conselho Deliberativo, como revelou a Folha de S.Paulo.

O juiz Hamid Charas Bdine Júnior, da 3ª Vara Cível do Fórum Regional do Tatuapé, considerou os elementos da ação precários para impedir a votação.

Cláudio Vélez, presidente do Conselho Fiscal, usou o mesmo argumento e tem esperanças de que seu pedido seja aceito.

A juíza-auxiliar Caren Cristina Fernandes, da 1ª Vara Cível, pediu que fosse apresentado o estatuto do clube, além da ata da última reunião do Conselho Deliberativo, em que as contas foram aprovadas, sem a exibição do relatório dos conselheiros fiscais.

Se o pleito acontecer, corre o risco de ser anulado também por decisão judicial. Além da briga atual, a oposição quer que a votação para os três vices seja feita separadamente da do presidente. Se isso não acontecer, os opositores tentarão anular o pleito.

Pires enviou carta ao Conselho Deliberativo pedindo explicações sobre como será a votação, já que considera o estatuto omisso em relação a eleição dos vices.

Dualib entende que só o presidente é eleito, assim, se ele ganhar, seus vices automaticamente fazem parte da diretoria.

O presidente não confirma a sua chapa, que deve ter Nesi Curi e Clodomil Orsi, que já são seus vices. Wilson Bento deve ser o terceiro nome, no lugar de Antônio Roque Citadini, atual vice.

Citadini tem evitado dar entrevistas. Miguel Marques e Silva e Romeu Tuma Júnior são os outros vices anunciados por Pires. O quarteto fez parte da tropa de choque contrária à MSI.

A maioria dos conselheiros aposta na vitória de Dualib, por isso a estratégia da oposição de brigar pela independência das chapas dos vices.

Adiar a votação também significa ganhar tempo para fazer uma campanha mais longa e tentar minar o atual presidente.

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