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22/02/2006 - 11h16

Principal velocista do país, Lenílson é condenado a 6 anos de prisão

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da Folha de S.Paulo

Principal velocista do Brasil em atividade, Vicente Lenílson foi condenado a seis anos de prisão, em regime fechado, pelo crime de atentado violento ao pudor.

O medalhista de prata nos Jogos de Sydney-2000, de 28 anos, havia sido acusado por Marly Sales de Carvalho, mulher de seu então companheiro de equipe Hudson de Souza. Os dois treinavam juntos em Presidente Prudente (565 km a oeste de São Paulo).

Segundo ela, Lenílson foi a seu apartamento no fim de 2003 sob o pretexto de usar o computador.

O velocista teria, então, agarrado Marly e colocado-a contra a parede, machucando seus braços e barriga. Em seu relato, ela diz que tentou reagir e foi agredida.

O caso foi registrado na Delegacia da Mulher da cidade.

"Ele está abatido porque não fez nada. Vamos esperar a confirmação oficial para entrarmos com o recurso", afirmou Marcelo Manfrim, advogado de Lenílson.

O atleta, condenado à pena mínima, esteve ontem na pista de Presidente Prudente. Segundo seu técnico, Jayme Netto Júnior, Lenílson estava abatido e surpreso com a sentença, mas trabalhou normalmente.

O treinador afirmou que não teme que o caso interfira no patrocínio de sua equipe, que conta com os principais nomes do país --ele comandou o revezamento 4 x 100 m medalhista na Austrália.

Lenílson tem como melhor tempo nos 100 m em 2005, 10s17. O recorde mundial é de 9s77. Casado com Maria Aparecida Souza de Lima, Lenílson não foi encontrado para comentar o caso.

Anteontem, ao saber da condenação, sua mulher disse estar surpresa. Ela esperava novidades sobre o processo só após o Carnaval.

"Estamos todos ainda bastante perdidos, mas sei que isso não está certo. Vamos esperar para ver direito o que está acontecendo e o que vamos fazer", afirmou.

A advogada de Hudson, Angélica Carro, não conseguiu ter acesso à sentença ontem.

O atleta, o melhor do país nos 1.500 m, também não foi localizado pela Folha. Por causa da denúncia, o corredor decidiu sair de Presidente Prudente em 2004. Hudson alegava não ter mais "clima" para continuar os treinos com a equipe.

"Infelizmente aconteceu o que eu não esperava. É chato conviver com uma pessoa falsa e cínica. Preferi sair", afirmou ele à época.

Outra motivação para a mudança foi a postura de Netto Júnior, que teria tentado intervir em favor de seu pupilo.

Lenílson poderá aguardar em liberdade a resposta sobre seu recurso. Ele também não precisará arcar com os custos do processo. Ao menos por enquanto.

Na interpretação do juiz, que o condenou a fazer o pagamento, o velocista não tem situação econômica privilegiada. Por isso, ele ficará isento enquanto mantiver sua "condição de necessitado".

O caso foi julgado na 1ª Vara de Criminal de Presidente Prudente. A sentença, proferida no dia 10, só deve ser divulgada hoje.

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