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25/03/2006 - 10h50

Fifa usa empresa recém-criada para vigiar sites e casas de aposta

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da Folha de S.Paulo

A Fifa decidiu agir contra a corrupção no futebol, de olho na Copa do Mundo. A federação anunciou ontem, em Frankfurt, na Alemanha, que uma nova empresa, criada pela entidade em janeiro, será responsável por monitorar "apostas incomuns em todas competições, inclusive a Copa do Mundo", garantiu Urs Linsi, secretário-geral da Fifa.

A empresa, chamada Fifa Early Warning System GmbH, será responsável por "vigiar" os principais sites e casas de apostas, que envolvam partidas da Copa em suas jogatinas. Qualquer tipo de aposta suspeita será investigada. A empresa atuará em parceria com especialistas em fraudes no mundo das apostas.

"Eu acho que demos os passos necessários [para prevenir a corrupção], e não somente para a Copa do Mundo", completou Linsi. A entidade também está destinando uma atenção especial aos árbitros pré-selecionados para a Copa. A escolha final da arbitragem do Mundial será anunciada no dia 31 de março.

Recentemente, a Fifa reforçou a necessidade de atuação, em parceria com as confederações e associações nacionais, no combate à corrupção. A maioria dos casos fraudulentos envolve apostas feita pela internet e são comuns no sudeste asiático, mas há algum tempo preocupam dirigentes europeus e sul-americanos.

No ano passado, o árbitro Edilson Pereira de Carvalho foi acusado de manipular resultados no Campeonato Brasileiro e no Paulista. Na competição nacional, 11 jogos apitados por Edilson foram anulados e disputados novamente. O ex-árbitro, atualmente, responde processo em liberdade.

Na Alemanha, país-sede do Mundial, o pivô do escândalo de corrupção que envolveu jogos de divisões menores da Bundesliga foi o árbitro Robert Hoyzer, que acabou na prisão. Neste mês, novas dúvidas foram lançadas sobre o esquema, suspeitando-se até de um atleta da seleção, o que, depois, foi desmentido.

Na Bélgica, investigações preliminares apontam que pelo menos 50 atletas, de equipes da primeira e da segunda divisão, além de jogadores da seleção, estariam envolvidos num esquema de manipulação de resultados envolvendo até mesmo o Anderlecht, principal time do país. As autoridades não descartam a participação de árbitros no escândalo.

O treinador do Brasil, Carlos Alberto Parreira, também alertou sobre um possível favorecimento às seleções européias, para evitar o hexa do país na Copa.

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