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27/03/2006 - 09h30

Transmissor causa polêmica no clássico de domingo

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KLEBER TOMAZ
PAULO GALDIERI
da Folha de S.Paulo

A idéia era usar a tecnologia para diminuir os erros da arbitragem. Mas ontem, o que era para ser a grande novidade acabou com o papel de vilão no clássico entre Palmeiras e Corinthians.

A federação paulista tentou ontem pela primeira vez equipar os árbitros com fone e microfone. Os dispositivos foram usados por Cleber Wellington Abade, seus auxiliares, Ana Paula Oliveira e Evandro Luiz Silveira, além do juiz reserva Eduardo Dul. E foram os protagonistas do jogo.

Aos 30 minutos do primeiro tempo, Carlitos Tevez ganhou na corrida a disputa com o zagueiro palmeirense Leonardo Silva, tocou a bola entre suas pernas, invadiu a área e marcou um golaço. Validado por Abade, o gol fez o Corinthians abrir 2 a 1.

Na seqüência, Ana Paula correu para o meio de campo, ação que indicava que ela validara o gol. Mas, pelo microfone, a bandeirinha chamou Abade e comunicou que Tevez havia empurrado Leonardo antes de pegar na bola.

O curioso é que o zagueiro encobria a visão da assistente no lance da infração, e ela não ergueu a bandeira para invalidar a jogada.

A partir daí, os corintianos se revoltaram e partiram para cima de Ana Paula para tirar satisfações. A PM tentou acalmar os ânimos dos jogadores, que já batiam boca com os palmeirenses.

No intervalo, nenhum membro da arbitragem falou com a imprensa. Ao voltarem do vestiário, o juiz reserva Eduardo Dul deu a versão oficial para o ocorrido.

"Não foi a Ana Paula que viu o lance da falta mas sim o Evandro, que teve uma visão melhor por estar quase de frente para o lance."

"Foi falta nítida, e o árbitro marcou depois de ter sido avisado", concordou Leonardo Silva.

Tevez, no entanto, mostrou-se inconformado. "Os responsáveis pelo futebol deveriam punir os árbitros. Quando fazemos algo, somos punidos. Deve ser feito o mesmo com os árbitros. Não foi nada. Não fiz falta", reclamou.

Apesar da confusão em campo, o primeiro teste dos aparelhos de comunicação para os árbitros foi aprovado por Marcos Marinho, presidente da Comissão de Arbitragem da FPF.

"Quando foi preciso, funcionou, e os árbitros souberam utilizá-lo num lance difícil", afirmou Marinho, que acreditava que a decisão de anular o gol corintiano fora da Ana Paula.

Ao ser informado pela Folha de S.Paulo que Silveira foi o responsável pela marcação, Marinho afirmou que iria conversar com os árbitros. No domingo, no clássico entre São Paulo e Santos, a tecnologia será usada de novo.

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