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01/04/2006
-
09h20
TALES TORRAGA
da Folha de S.Paulo
MARIANA CAMPOS
da Agência Folha, em Santos
Pelo título paulista, Vanderlei Luxemburgo vai esquecer a busca pelos três pontos que marcou a campanha do Santos no Paulista.
Em 17 jogos, seu time só empatou uma vez, contra o São Bento, fora de casa. Nas outras 16 rodadas, venceu 13 e perdeu três.
No atual Paulista, só o América empatou menos do que o Santos: nenhuma vez em 17 partidas.
Em nenhum torneio por pontos corridos um time comandado por Luxemburgo ficou na igualdade tão poucas vezes como o Santos.
Mas, como só precisa de um ponto domingo, contra o São Paulo, para tirar o Santos de uma fila de 22 anos no Paulista, o treinador mudou de discurso. "O melhor ataque é você não tomar gol."
Os jogadores relutam em reconhecer, mas a vantagem de jogar por um resultado igual pode ser decisiva para o Santos, time de melhor defesa da competição, com 16 gols sofridos.
Caso não seja vazada pelo mais positivo ataque do Paulista --o São Paulo até agora anotou 41--, o 16º título estadual estará garantido ao time da Vila Belmiro.
Situação inusitada, o historicamente ofensivo Vanderlei Luxemburgo pode atingir um feito que foi alcançado pela última vez justamente por seu atual adversário: Muricy Ramalho, com o São Caetano, em 2004, foi campeão com a melhor defesa.
O que se viu do Santos até agora em clássicos no Paulista foi um time cauteloso e especialmente aplicado no setor defensivo.
Na vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, a equipe de Luxemburgo preocupou-se mais em neutralizar o ataque adversário do que em criar oportunidades de definição. A tática funcionou. No final da partida, em um chute de longe, o atacante Geílson selou o magro triunfo santista.
Situação similar ocorreu na também vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, na Vila Belmiro. Em partida de poucas emoções, o Santos decidiu o confronto em um gol de pênalti de Léo Lima.
Jogadores de defesa, como o ala Kléber e o volante Maldonado, discordam entre si sobre a tática a ser adotada no domingo. "Quem entra pensando em empatar, geralmente perde. Vamos buscar os três pontos", garantiu Kléber.
"O São Paulo tem um time ofensivo e merece respeito, mas se chegamos até aqui na liderança, temos condições de vencer."
Já o chileno Maldonado reconhece: a vantagem do empate pode fazer a equipe, em determinado momento da partida, mudar sua forma de jogar e passar a ser mais defensiva.
"Tudo vai depender do andamento da partida. Não podemos entrar pensando na vantagem que o empate nos dará. Estamos em boa posição, mas não podemos bobear."
Luxemburgo, porém, pondera a teórica tranqüilidade que sua defesa teria no confronto decisivo: "Não há vantagem nessa partida. Em clássico, ninguém sai na frente. A história mostra que, quando você é favorito, sai com a derrota", aponta o treinador.
Luxemburgo viveu a situação na pele. E justamente contra o São Paulo. Em 1998, no Corinthians, chegou à decisão do Paulista invicto e com vitória de 2 a 1 na primeira final. Perdeu por 3 a 1 na segunda e amargou o vice.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o São Paulo
Leia o que já foi publicado sobre o Santos
Leia mais notícias no especial do Campeonato Paulista-2006
Por Paulista, Luxemburgo enaltece defesa e empate
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da Folha de S.Paulo
MARIANA CAMPOS
da Agência Folha, em Santos
Pelo título paulista, Vanderlei Luxemburgo vai esquecer a busca pelos três pontos que marcou a campanha do Santos no Paulista.
Em 17 jogos, seu time só empatou uma vez, contra o São Bento, fora de casa. Nas outras 16 rodadas, venceu 13 e perdeu três.
No atual Paulista, só o América empatou menos do que o Santos: nenhuma vez em 17 partidas.
Em nenhum torneio por pontos corridos um time comandado por Luxemburgo ficou na igualdade tão poucas vezes como o Santos.
Mas, como só precisa de um ponto domingo, contra o São Paulo, para tirar o Santos de uma fila de 22 anos no Paulista, o treinador mudou de discurso. "O melhor ataque é você não tomar gol."
Os jogadores relutam em reconhecer, mas a vantagem de jogar por um resultado igual pode ser decisiva para o Santos, time de melhor defesa da competição, com 16 gols sofridos.
Caso não seja vazada pelo mais positivo ataque do Paulista --o São Paulo até agora anotou 41--, o 16º título estadual estará garantido ao time da Vila Belmiro.
Situação inusitada, o historicamente ofensivo Vanderlei Luxemburgo pode atingir um feito que foi alcançado pela última vez justamente por seu atual adversário: Muricy Ramalho, com o São Caetano, em 2004, foi campeão com a melhor defesa.
O que se viu do Santos até agora em clássicos no Paulista foi um time cauteloso e especialmente aplicado no setor defensivo.
Na vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, a equipe de Luxemburgo preocupou-se mais em neutralizar o ataque adversário do que em criar oportunidades de definição. A tática funcionou. No final da partida, em um chute de longe, o atacante Geílson selou o magro triunfo santista.
Situação similar ocorreu na também vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, na Vila Belmiro. Em partida de poucas emoções, o Santos decidiu o confronto em um gol de pênalti de Léo Lima.
Jogadores de defesa, como o ala Kléber e o volante Maldonado, discordam entre si sobre a tática a ser adotada no domingo. "Quem entra pensando em empatar, geralmente perde. Vamos buscar os três pontos", garantiu Kléber.
"O São Paulo tem um time ofensivo e merece respeito, mas se chegamos até aqui na liderança, temos condições de vencer."
Já o chileno Maldonado reconhece: a vantagem do empate pode fazer a equipe, em determinado momento da partida, mudar sua forma de jogar e passar a ser mais defensiva.
"Tudo vai depender do andamento da partida. Não podemos entrar pensando na vantagem que o empate nos dará. Estamos em boa posição, mas não podemos bobear."
Luxemburgo, porém, pondera a teórica tranqüilidade que sua defesa teria no confronto decisivo: "Não há vantagem nessa partida. Em clássico, ninguém sai na frente. A história mostra que, quando você é favorito, sai com a derrota", aponta o treinador.
Luxemburgo viveu a situação na pele. E justamente contra o São Paulo. Em 1998, no Corinthians, chegou à decisão do Paulista invicto e com vitória de 2 a 1 na primeira final. Perdeu por 3 a 1 na segunda e amargou o vice.
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