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02/04/2006 - 10h46

Paulista-06 consagra 3 beques como sua receita de vitória

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da Folha de S.Paulo

Torcedores desconfiam, colunistas acham que é imitação de europeu, Parreira acha melhor não usar, mas jogar com três zagueiros se tornou uma grande idéia no Campeonato Paulista.

A tática dos três defensores --que já foi um acinte ao futebol brasileiro- caminha para se tornar bicampeã paulista e ver a primeira final em que dois trios formaram as defesas dos rivais.

Em 2005, o São Paulo de Emerson Leão se sagrou campeão paulista prometendo o tempo todo voltar para o 4-4-2. O esquema que é tradição nacional como o samba e a feijoada foi testado timidamente, mas o 3-5-2 ergueu não só o Estadual, mas a Libertadores e o Mundial de Clubes.

Para a primeira final de Paulista com seis zagueiros, há ainda a necessidade de confirmação, uma vez que o Estadual de SP assistiu ao renascimento da prática de ocultação de escalações.

Mas, se valer a máxima de que time vencedor não é mexido, tanto Vanderlei Luxemburgo quanto Muricy Ramalho entrarão em campo neste domingo com trios de beques.

"Futebol hoje é muito simples. Vai ser um jogo muito igual de ambos os lados, vai ser até chato", afirmou o são-paulino, que vê muitas virtudes no 3-5-2 que armou, em que o meia Danilo vira quase terceiro atacante.

Sua dúvida era se André Dias teria condições de entrar em campo. Caso esteja inapto, Edcarlos assume a posição ao lado de Fabão e Lugano. Há, porém, a chance de Alex Dias fazer trio de ataque com Thiago e Aloísio.

Para Muricy, o esquema não só permite que os laterais ataquem com mais liberdade, como também libera os zagueiros para atacarem lateralmente. Em vez de uma virtuosa saída de jogo pelo meio, os zagueiros podem avançar pelas bandas do gramado.

O Datafolha permite essa comparação ao destacar as duas equipes, no seu ranking de cruzamentos. Santos, com 30,5, e São Paulo, com 28,4, são as equipes que mais alçam bolas no torneio. Um sinal de que a liberdade dos alas não é mero justificativa para usar o 3-5-2 de forma covarde.

No total de passes do Paulista, a dupla San-São também tira onda. São 306 passes do Santos contra 305 do São Paulo, o que traduz um melhor controle de bola, principalmente no meio-campo.

E o aumento das peças puramente defensivas, sem dúvida, permitiu que as equipes de Luxemburgo e Muricy fossem menos suscetíveis a gols.

Dos 20 clubes do Paulista, o Santos é o 16º, com 12,1 finalizações sofridas pro jogo. O São Paulo é o 19º, com 10,7, atrás apenas de um São Bento que sofre 9,8 conclusões por jogo, mas tomou 25 gols --cinco a mais que os tricolores do Morumbi, que têm a segunda melhor defesa da competição, ao lado do Ituano e atrás apenas do Santos, com 16 gols.

Na Vila Belmiro, o mistério de Luxemburgo é para decidir se escala o zagueiro Ronaldo Guiaro --que formaria o trio com Manzur e Luiz Alberto-- ou o meia Magnum, autor de dois gols na última quarta, contra o Bragantino.

O 3-5-2 santista entrou em campo pela primeira vez no Paulista na vitória de 1 a 0 contra o Corinthians. Desde então, adotando o esquema na maioria dos jogos, só perdeu um, para o Guarani.

Especial
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