Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/04/2006 - 10h03

Craques da seleção de 1982 treinam times ameaçados pelo rebaixamento

Publicidade

KLEBER TOMAZ
da Folha de S.Paulo, em Campinas

Do vice-campeonato brasileiro da Portuguesa, em 1996, e do único título nacional do Guarani, em 1978, restou a eles só a decadência.

Atuais figurantes da Série B do Brasileiro, os times não têm uma torcida representativa, mas enfrentam a onda de violência de suas organizadas. E, em elencos sem estrelas, os craques das equipes são seus treinadores, que juntos foram atletas da seleção na Copa-82, na Espanha.

O comandante "luso", Edinho, 50, e o "bugrino", Toninho Cerezo, 49, são as apostas das ameaçadas agremiações para se livrarem de uma inédita queda à segunda divisão do Campeonato Paulista.

A Portuguesa, 16º lugar, está fora da zona do rebaixamento, mas ainda corre risco. Na última rodada, no próximo domingo, vai pegar o Santos, na Vila Belmiro, que precisa vencer para ser campeão. O time do Canindé também só depende de si para escapar.

Apesar de o Guarani estar na "zona da morte", é o 17º colocado, receberá o já rebaixado Mogi --depende de tropeço da Lusa para ficar na primeira divisão.

Das 20 equipes, somente as quatro últimas caem. Portuguesa e Guarani são os únicos membros do Clube dos 13 (entidade que agrega 20 times e defende seus direitos, como cotas da televisão) ameaçados pelo descenso.

Mas mesmo com o dinheiro pelas transmissões, a Portuguesa acumula uma dívida de R$ 270 milhões e o Guarani está com os salários dos atletas atrasados.

O time do Canindé está na elite estadual desde 1920 e o do Brinco de Ouro, desde 1950.

"Minha geração não foi vencedora [tombou diante da Itália em 82], mas aprendi a me reerguer com aquilo", diz Edinho, reserva do zagueiro Luisinho há 24 anos. "Nem tudo está perdido."

O Guarani foi rebaixado em 2001, mas devido à virada de mesa, jogou o Rio-São Paulo de 2002 e voltou à A-1 no ano seguinte sem ter disputado a A-2.

"Minha responsabilidade é não cair", disse Cerezo, volante crucificado em 82 ao errar passe que deu gol ao italiano Paolo Rossi.

Mesmo assim, as torcidas foram impacientes. Na Portuguesa, cartolas tiveram carros danificados. No Guarani, atletas apanharam.

Especial
  • Leia mais notícias no especial do Campeonato Paulista-2006
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página