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Vania Delpoio/Folha
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Sylvio
Back, diretor do filme "Cruz e Sousa - o Poeta do Desterro",
durante debate promovido pela Folha |
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de oitenta pessoas compareceram à exibição gratuita do filme "Cruz e Sousa
- o Poeta do Desterro", ontem, às 11h, no Cinesesc (r. Augusta, 2.075).
À exibição do filme, promovida pela Folha, Riofilme e Sesc, seguiu-se
um debate com Ivone Doré Rabello, professora de teoria literária e literatura
comparada da USP, Regina Lúcia dos Santos, coordenadora nacional da educação
do Movimento Negro Unificado, Sylvio Back, o diretor do filme, e a cineasta
Tata Amaral, que também mediou a discussão.
A exclusão social, o preconceito e a simbologia presente no filme foram
temas da discussão.
Segundo Ivone Rabello, o filme constrói a "iconografia dos excluídos". Regina
dos Santos afirmou que o filme sobreo poeta simbolista retrata a exclusão
do negro na "nossa cultura colonial".
Para o diretor Sylvio Back, que afirma não ter feito uma obra especificamente
para a comunidade negra, mas para o público todo, a poesia de Cruz e Sousa
é muito atual, "como se ele houvesse escrito ontem".
Segundo a cineasta Tata Amaral, um dos méritos da fita é não mitificar o
personagem.
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