Carlos Heitor Cony
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Capa do livro "O Primo Basílio", uma de suas principais obras, escrito por Eça de Queiroz, em 1878
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  Maria Adelaide Amaral
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  25.nov.1945
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A crônica é como que a conversa íntima, indolente, desleixada, do jornal com os que o lêem: conta mil coisas, sem sistema, sem nexo; espalha-se livremente pela natureza, pela vida, pela literatura, pela cidade; fala das festas, dos bailes, dos teatros, das modas, dos enfeites, fala de tudo, baixinho, como se faz ao serão, ao braseiro, ou ainda de verão, no campo, quando o ar está triste.
(1876)
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EÇA NA TV
Maria Adelaide Amaral adapta "Os Maias" para minissérie da Globo
Elenco terá estrelas da emissora e pode repetir sucesso de "A Muralha"

Folha Imagem

Maria Adelaide Amaral
CECILIA NEGRÃO
free-lance para a Folha Online

Com adaptação de Maria Adelaide Amaral e direção de Luiz Fernando Carvalho, a próxima minissérie da Rede Globo, “Os Maias” (baseado em obra de Eça de Queiroz) tem tudo para ser um sucesso. É o que aposta Maria Adelaide. Fã de Eça de Queiroz, a adaptadora de “A Muralha” esperava pela oportunidade de trabalhar com o autor.

Segundo ela, o grande público só terá interesse em ler e conhecer melhor sua obra quando se sentir “envolvido” por sua história. “Quando se faz uma boa obra de ficção para a televisão, uma novela ou uma minissérie, você toca as pessoas pelo coração. É assim que as pessoas ficam enlouquecidas para ler, para saber, para conhecer mais. Quem poderia imaginar que 'A Muralha' seria best-seller?”, diz.

Acompanhe os principais trechos da entrevista com a novelista, em que fala da adaptação de Eça de Queiroz para a TV.

Folha - O que, para a senhora, não pode deixar de ter em sua adaptação do romance “Os Maias”?
Maria Adelaide Amaral -
“Os Maias” é o livro mais importante de Eça de Queiroz. É uma obra-prima. Na adaptação precisa ter tudo, ou quase tudo. Como eu conheço profundamente isso está me ajudando muito.

Folha - O que a encantou na história?
Maria Adelaide -
É uma história de incesto e paixão, com Portugal da época como pano de fundo. É um panorama, um mural social e intelectual daquele tempo. É muito importante, muito interessante.

Folha - A minissérie estréia dia 9 de janeiro. Como está seu ritmo de trabalho?
Maria Adelaide -
Trabalho em tempo integral. Para ajudar, tenho duas fotos do Eça: uma em cima do computador e outra na estante, olhando para mim. Com elas, sinto uma proximidade espiritual (...), e, como eu acredito nisso, me ajuda.

Folha - Como a senhora tem visto as comemorações do centenário da morte do escritor?
Maria Adelaide -
Eça é um nome muito conhecido. Em geral, o espaço para literatura na mídia é muito modesto, muito restrito, muito reduzido e eu acho que o Eça de Queiroz está sendo celebrado de uma maneira que eu não esperava -com cadernos especiais e tudo o mais.

Folha - A senhora acredita que a minissérie possa despertar o interesse do público por sua obra?
Maria Adelaide -
O interesse que isso vai despertar nas pessoas eu não sei, mas a grande vantagem da televisão é de atrair um público muito grande. Isso é muito interessante porque existe a possibilidade de tocar as pessoas, de fazer o Eça tocar as pessoas pela emoção. E isso irá despertar nelas o desejo de o conhecer melhor.

Folha - Por quê?
Maria Adelaide
- Porque a única maneira de você interessar as pessoas, principalmente que não o conhece, é por meio da emoção. Por que “A Muralha” interessou tanta gente? Não foi pela história de São Paulo, mas porque eu toquei a emoção delas. Isso chegou por meio da emoção (...) É esse o diferencial. Quando se faz uma boa obra de ficção para a televisão, quando se faz uma novela ou uma minissérie, você toca as pessoas pelo coração. É por isso que as pessoas ficam enlouquecidas para ler, para saber, para conhecer mais. Quem poderia imaginar que a “A Muralha” iria virara um best-seller? Vamos ver agora com "Os Maias".

Folha - A senhora está apreensiva?
Maria Adelaide -
Não. Estou muito confiante porque eu não tenho a menor dúvida de que será um lindo trabalho. Não tenho a menor dúvida da competência do diretor Luiz Fernando Carvalho, sobre a qualidade e o empenho do elenco. Todos estão muito entusiasmados. Eu acredito nas coisas que são feitas com paixão. “A Muralha” foi feita e “Os Maias” também está sendo feita com muita emoção. Acredito que as pessoas fiquem encantadas e se repita o sucesso de “A Muralha”. O elenco terá Ana Paula Arósio, Fábio Assunção, Letícia Sabatella, Eva Wilma, Walmor Chagas (...) Precisa dizer mais alguma coisa?


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De cima para baixo: O chamado "clube dos cinco", em 1884: da esquerda para a direita, Eça, Oliveira Martins, Antero de Quental, Ramalho Ortigão e Guerra Junqueiro; Eça com a filha Maria, a primogênita; Eça com Ramalho Ortigão; e Eça com sua mulher, Emília.