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23/08/2002 - 20h42

Em 63, começa a amizade de Caetano Veloso com Gilberto Gil

do Banco de Dados

1963 - Ingressa na Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia. É apresentado a Gilberto Gil pelo produtor Roberto Santana. Também inicia amizade com Gal Costa e Tom Zé. Faz o seu primeiro trabalho musical: a trilha sonora da peça "O Boca de Ouro", de Nelson Rodrigues, em montagem do diretor baiano Álvaro Guimarães, que o convida também para compor a de "A Exceção e a Regra", de Bertolt Brecht.

Jun.1964 - Participa do histórico show "Nós, Por Exemplo", com Gil, Bethânia, Gal e Tom Zé, entre outros. Misturando canções e textos, o show acaba influenciando a concepção de espetáculos de estrutura semelhante que virão a ser feitos no Rio de Janeiro e em São Paulo.

1965 - Conhece João Gilberto, uma das principais influências e referência na carreira de Caetano. Abandona a faculdade e acompanha sua irmã Bethânia, que fora convidada para ir ao Rio substituir a cantora Nara Leão no show "Opinião". Gil, Gal e Tom Zé também se transferem para cidades do Sudeste.

Mai.1965 - Grava, pela RCA, seu primeiro compacto simples, com as composições "Cavaleiro" e "Samba em Paz", ambas de sua autoria. Também pela RCA, sua irmã Bethânia lança um compacto com as músicas "É de Manhã", de Caetano e, no outro lado do disco, "Carcará", canção que leva Bethânia a ser conhecida nacionalmente.

1966 - A "Revista Civilização Brasileira", no seu número sete, publica um depoimento de Caetano em que ele fala da necessidade da "retomada da linha evolutiva da música popular brasileira" a partir das lições mais fundamentais da bossa nova.

Jun.1966 - Concorre, em São Paulo, no Festival Nacional da Música Popular, da TV Excelsior, com a música "Boa Palavra". A canção, defendida por Maria Odette, classifica-se em quinto lugar.

Out.1966 - Sua composição, "Um Dia", recebe o prêmio de melhor letra no 2º Festival de Música Popular Brasileira, da TV Record de São Paulo.

1967 - Compõe a trilha do filme "Proezas de Satanás na Terra do Leva-e-Traz", de Paulo Gil Soares.

Jul.1967 - Contratado pela Philips, Caetano lança seu LP de estréia, "Domingo", dividido com Gal Costa.

Out.1967 - A música "Alegria, Alegria", com o som das guitarras elétricas do conjunto pop argentino Beat Boys, enlouquece o 3º FMPB, da TV Record, juntamente com a música "Domingo no Parque", de Gilberto Gil, que teve o acompanhamento de Os Mutantes. As duas canções se classificam, respectivamente, em quarto e segundo lugares.

Nov.1967 - "Alegria, Alegria" é lançada em compacto simples. A essa altura, já está em curso o tropicalismo, movimento de vanguarda que visava a transformação da cultura brasileira. O movimento aplica e atualiza, num contexto de massa, a filosofia antropofágica do modernista Oswald de Andrade, buscando a criação de uma arte brasileira e original. Estabelece também uma ponte entre o rural e o urbano, a alta e a baixa cultura, a de bom e a de mau gosto. Público, crítica e artistas -entre tropicalistas e esquerdistas engajados- se dividem. Na imprensa, o poeta Augusto de Campos saúda o grupo baiano que o promove. "Eu organizo o movimento (...)", canta Caetano na canção-manifesto "Tropicália".

21.nov.1967 - Um evento ocorre em Salvador e repercute nas revistas de todo o país: o seu casamento pop-tropicalista com a baiana Dedé Gadelha (ela de mini-saia).

Jan.1968 - Gravação de seu primeiro LP individual, "Caetano Veloso". No disco estão clássicos como "Alegria, Alegria", a emblemática "Tropicália", "Soy Loco por Ti, América" (de Gil e Capinan), "No Dia que Eu Vim-me Embora" e "Superbacana".

Mai.1968 - Lançamento de compacto simples contendo leitura tropicalista da canção "Yes, Nós Temos Bananas", de João de Barro e Alberto Ribeiro.

Jul.1968 - Lançamento de "Tropicália ou Panis et Circensis", LP coletivo do qual participam Caetano, Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, além dos maestros e arranjadores Rogério Duprat, Julio Medaglia e Damiano Cozzella. O elenco de autores inclui ainda os poetas tropicalistas Torquato Neto e Capinan. De Caetano, o destaque do disco são "Baby", dele, e uma recriação de "Coração Materno", de Vicente Celestino.

Set.1968 - Caetano é vaiado ao apresentar sua "É Proibido Proibir" na eliminatória paulista do 3º Festival Internacional da Canção (FIC), da TV Globo, no Teatro da Universidade Católica, de São Paulo. Vestido com uma roupa de plástico, ele lança, de improviso, um histórico discurso contra a platéia e o júri. "Vocês não estão entendendo nada", grita. A canção, desclassificada, sai em compacto simples.

Nov.1968 - Interpretada por Gal, "Divino, Maravilhoso", parceria de Caetano com Gil, tira o terceiro lugar do 4º FMPB. No mesmo festival, participa como intérprete defendendo "Queremos Guerra", de Jorge Benjor. O programa de vanguarda "Divino, Maravilhoso" estréia na TV Tupi, de São Paulo. Caetano lança um compacto duplo que inclui gravação de "A Voz do Morro", samba que é censurado. O disco é recolhido das lojas.

Dez.1968 - Lança um compacto simples com "Atrás do Trio Elétrico" (sua autoria) e "Torno a Repetir", de domínio público.

  Veja galeria da carreira de Caetano

Veja a cronologia:
  • Em 42, nasce Caetano; em 59, sai o disco que mais o influenciaria

  • Em 63, começa a amizade de Caetano Veloso com Gilberto Gil

  • Em 68, Caetano e Gil são presos em SP; em 69, são exilados

  • Em 76, Caetano, Gal, Bethânia e Gil formam "Doces Bárbaros"

  • Programas na TV e prêmios marcam um Caetano pós-repressão

  • Caetano vira livro, ganha Grammy e, com funk, é vaiado no Rio

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