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04/09/2002
-
18h44
Editor de entretenimento da Folha Online
A sessão de cinema a que os presidenciáveis foram submetidos hoje à tarde é propícia à campanha: "Uma Onda no Ar", de Helvécio Ratton, é um filme político, social e de reivindicação. Conta a história bem-sucedida da Rádio Favela, emissora educativa de Belo Horizonte (MG) criada nos anos 80 e reprimida pela polícia local por atuar ilegalmente durante 20 anos.
Feito com atores desconhecidos do grande público, "Uma Onda no Ar" mostra o lado positivo da comunidade. Passa de raspão no tráfico, mas prefere dar ênfase aos mocinhos da favela que, baseados na vida real, se transformaram em heróis por denunciar e apoiar a população local.
A linha do bem e do mal é bem distinta no filme de Helvécio Ratton, e a sensação que se tem, ao final da trama, é de que justiça foi feita.
Independentemente das premissas e conclusões do filme, que é de ficção, o mais importante é que ele pode ser entendido como um documentário, pois a história da Rádio Favela é contada exatamente como aconteceu na vida real.
Reprimida pela polícia, ela foi desmontada várias vezes e seus criadores foram presos, até que a rádio ganhou uma concessão do governo federal para funcionar como rádio educativa, o que permite que ela seja transmitida normalmente como uma FM qualquer.
De acordo com o Ministério das Comunicações, desde que a lei das rádios comunitárias foi aprovada, em 98, foram distribuídas 1.506 concessões em todo o país. A rádio comunitária alcança até 1 km a partir de sua antena transmissora e é destinada mais a questões locais.
No filme, a obrigatoriedade da "Voz do Brasil" é minimizada, e a Rádio Favela entra no ar sempre às 19h, garantindo seu sucesso não só no Aglomerado da Serra e também em toda Belo Horizonte.
"Uma Onda no Ar" é um filme simpático, mas não marcante, e que pega carona no engajamento social imposto pela estréia de "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles e Kátia Lund, em cartaz em mais de cem salas no país. Em época de cinema social, o filme ganha força pela temática e pelo carisma que desperta.
O longa-metragem, que tem 92 minutos, estréia sexta-feira, dia 6, nos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Leia mais:
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Leia mais no especial Eleições 2002
Engajado socialmente, "Uma Onda no Ar" defende rádio pirata
MARCELO BARTOLOMEIEditor de entretenimento da Folha Online
A sessão de cinema a que os presidenciáveis foram submetidos hoje à tarde é propícia à campanha: "Uma Onda no Ar", de Helvécio Ratton, é um filme político, social e de reivindicação. Conta a história bem-sucedida da Rádio Favela, emissora educativa de Belo Horizonte (MG) criada nos anos 80 e reprimida pela polícia local por atuar ilegalmente durante 20 anos.
Feito com atores desconhecidos do grande público, "Uma Onda no Ar" mostra o lado positivo da comunidade. Passa de raspão no tráfico, mas prefere dar ênfase aos mocinhos da favela que, baseados na vida real, se transformaram em heróis por denunciar e apoiar a população local.
A linha do bem e do mal é bem distinta no filme de Helvécio Ratton, e a sensação que se tem, ao final da trama, é de que justiça foi feita.
Independentemente das premissas e conclusões do filme, que é de ficção, o mais importante é que ele pode ser entendido como um documentário, pois a história da Rádio Favela é contada exatamente como aconteceu na vida real.
Reprimida pela polícia, ela foi desmontada várias vezes e seus criadores foram presos, até que a rádio ganhou uma concessão do governo federal para funcionar como rádio educativa, o que permite que ela seja transmitida normalmente como uma FM qualquer.
De acordo com o Ministério das Comunicações, desde que a lei das rádios comunitárias foi aprovada, em 98, foram distribuídas 1.506 concessões em todo o país. A rádio comunitária alcança até 1 km a partir de sua antena transmissora e é destinada mais a questões locais.
No filme, a obrigatoriedade da "Voz do Brasil" é minimizada, e a Rádio Favela entra no ar sempre às 19h, garantindo seu sucesso não só no Aglomerado da Serra e também em toda Belo Horizonte.
"Uma Onda no Ar" é um filme simpático, mas não marcante, e que pega carona no engajamento social imposto pela estréia de "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles e Kátia Lund, em cartaz em mais de cem salas no país. Em época de cinema social, o filme ganha força pela temática e pelo carisma que desperta.
O longa-metragem, que tem 92 minutos, estréia sexta-feira, dia 6, nos cinemas de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Leia mais:
Leia mais no especial Eleições 2002
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