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04/12/2002
-
03h51
O brasileiro "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles, quer o Oscar de melhor filme estrangeiro. O italiano "Pinocchio", de Roberto Benigni, quer mais.
O filme do Brasil será lançado nos EUA em janeiro de 2003, com 200 cópias previstas. "Pinocchio" estreará em 2.000 cinemas no Natal. O lançamento ainda em 2002 tem o objetivo de habilitar o título a concorrer também em outras categorias, além da de melhor filme estrangeiro.
A rivalidade entre os dois -apontados entre os favoritos à estatueta- repete muitos aspectos da disputa de 1999, em que "A Vida É Bela", de Benigni, derrotou "Central do Brasil", de Walter Salles, e venceu também os Oscars de melhor ator (o próprio Benigni) e melhor trilha para drama.
Em 1999 como em 2002, o italiano era distribuído pelo estúdio Miramax, um poderoso papa-Oscar -acumula mais de 40 estatuetas em diversas categorias.
Chances
Antes como agora, o Brasil nunca tinha tido tantas chances de ganhar o Oscar, desde a primeira indicação, em 1962, com "O Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte. "Central do Brasil" vinha da consagração em Berlim. "Cidade de Deus" foi aclamado pela crítica em Cannes, onde foi exibido fora de competição.
Mas, desta vez, naquilo que a história não se repete, o Brasil leva vantagem. A crítica internacional, especialmente a inglesa, aplaudiu o filme de Meirelles, enquanto "Pinocchio" foi massacrado na Itália e é tido no mercado de distribuição como um filme ruim que tenta se vender com uma grande campanha.
O brasileiro é apontado como favorito pela "BBC", ao lado do sueco "Para Sempre Lilia", de Lukas Moodyson ("Amigas de Colégio", "Bem-Vindos"). A revista "Face" cita o filme como exemplo de por que o Brasil está "up" (em alta).
Crítica
O "Guardian" -que em sua crítica de "Cidade de Deus" disse que a cena inicial da fuga da galinha figurava entre as melhores perseguições da história do cinema- relaciona o brasileiro como favorito à indicação, ao lado de "Pinocchio", do mexicano "O Crime do Padre Amaro" e do israelense "Broken Wings".
O total de 54 filmes indicados para disputar as cinco vagas na disputa para melhor filme estrangeiro é recorde na história das 75 edições do prêmio -supera em três o número de indicados do ano passado.
Baseado no livro homônimo de Paulo Lins, o filme é um fenômeno de público no Brasil. No último domingo, alcançou a marca de 3.030.051 espectadores. No mercado nacional, quando um filme para público adulto chega a ter 1 milhão de espectadores, é um fato extraordinário.
"Cidade de Deus" é o quarto título mais visto no país este ano, tendo superado produções norte-americanas como "Sinais" e "Onze Homens e um Segredo".
Reestréia
Meirelles disse à Folha que vê poucas chances de vencer, mas gostaria de ser indicado para impulsionar o mercado interno para o filme brasileiro.
Se "Cidade de Deus" for indicado no ano que vem, será relançado em todo o país.
Leia mais:
Festival em Cuba exibe "Cidade de Deus" entre brasileiros
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54 países disputam vagas ao Oscar de 2003; três são inéditos
"Cidade de Deus" está entre favoritos a indicação para Oscar
da Folha de S. PauloO brasileiro "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles, quer o Oscar de melhor filme estrangeiro. O italiano "Pinocchio", de Roberto Benigni, quer mais.
O filme do Brasil será lançado nos EUA em janeiro de 2003, com 200 cópias previstas. "Pinocchio" estreará em 2.000 cinemas no Natal. O lançamento ainda em 2002 tem o objetivo de habilitar o título a concorrer também em outras categorias, além da de melhor filme estrangeiro.
A rivalidade entre os dois -apontados entre os favoritos à estatueta- repete muitos aspectos da disputa de 1999, em que "A Vida É Bela", de Benigni, derrotou "Central do Brasil", de Walter Salles, e venceu também os Oscars de melhor ator (o próprio Benigni) e melhor trilha para drama.
Em 1999 como em 2002, o italiano era distribuído pelo estúdio Miramax, um poderoso papa-Oscar -acumula mais de 40 estatuetas em diversas categorias.
Chances
Antes como agora, o Brasil nunca tinha tido tantas chances de ganhar o Oscar, desde a primeira indicação, em 1962, com "O Pagador de Promessas", de Anselmo Duarte. "Central do Brasil" vinha da consagração em Berlim. "Cidade de Deus" foi aclamado pela crítica em Cannes, onde foi exibido fora de competição.
Mas, desta vez, naquilo que a história não se repete, o Brasil leva vantagem. A crítica internacional, especialmente a inglesa, aplaudiu o filme de Meirelles, enquanto "Pinocchio" foi massacrado na Itália e é tido no mercado de distribuição como um filme ruim que tenta se vender com uma grande campanha.
O brasileiro é apontado como favorito pela "BBC", ao lado do sueco "Para Sempre Lilia", de Lukas Moodyson ("Amigas de Colégio", "Bem-Vindos"). A revista "Face" cita o filme como exemplo de por que o Brasil está "up" (em alta).
Crítica
O "Guardian" -que em sua crítica de "Cidade de Deus" disse que a cena inicial da fuga da galinha figurava entre as melhores perseguições da história do cinema- relaciona o brasileiro como favorito à indicação, ao lado de "Pinocchio", do mexicano "O Crime do Padre Amaro" e do israelense "Broken Wings".
O total de 54 filmes indicados para disputar as cinco vagas na disputa para melhor filme estrangeiro é recorde na história das 75 edições do prêmio -supera em três o número de indicados do ano passado.
Baseado no livro homônimo de Paulo Lins, o filme é um fenômeno de público no Brasil. No último domingo, alcançou a marca de 3.030.051 espectadores. No mercado nacional, quando um filme para público adulto chega a ter 1 milhão de espectadores, é um fato extraordinário.
"Cidade de Deus" é o quarto título mais visto no país este ano, tendo superado produções norte-americanas como "Sinais" e "Onze Homens e um Segredo".
Reestréia
Meirelles disse à Folha que vê poucas chances de vencer, mas gostaria de ser indicado para impulsionar o mercado interno para o filme brasileiro.
Se "Cidade de Deus" for indicado no ano que vem, será relançado em todo o país.
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