Paulo Autran se recupera bem, afirma boletim médico

O ator Paulo Autran, 84, "encontra-se bem e recuperando-se clinicamente", segundo boletim médico divulgado nesta quinta-feira (21) no início da tarde pelo hospital Sírio-Libanês de São Paulo. Ainda não há uma previsão de data para alta hospitalar do ator, que está internado desde o último domingo (17).

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Paulo Autran se recupera bem, mas previsão de alta ainda não foi anunciada por médicos

Na quarta-feira (20), os médicos descartaram a possibilidade de cirurgia e divulgaram que os exames estavam dentro da normalidade.

Autran passou mal na tarde de domingo, no camarim do teatro Cultura Artística na Consolação (região central de SP) antes de apresentar o espetáculo "O Avarento", que foi suspenso.

O mal-estar foi diagnosticado como insuficiência coronária, sendo revertido com medicação. O paciente permanece internado para observação e acompanhamento clínico. Ele está sob os cuidados da equipe médica coordenada pelo médico Drauzio Varella. Em abril, o ator também foi internado no mesmo hospital, o Sírio-Libanês, com um quadro de infecção.

Carreira

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Autran passou mal antes da apresentação de "O Avarento", de Molière; é seu 90º espetáculo

Nascido no Rio de Janeiro e formado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (Universidade de São Paulo) em 1945, Paulo Autran chegou a abrir um escritório antes de assumir a carreira artística. Ele estreou em um palco (ainda amador) em 1947.

Na TV, seu último trabalho foi na minissérie "Hilda Furacão" (1998), da Globo. Entre seus trabalhos nesse veículo se destacam "Pai Herói" (1979), "Guerra dos Sexos" (1983), "Sassaricando" (1987) e "Brasileiras e Brasileiros" (1990).

Já no cinema esteve recentemente em "A Máquina" (2005) e "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias" (2006).

É no Teatro que Autran possui seu currículo mais extenso. Alguns sucessos do ator nos palcos foram "Otelo", "Antígone", "My Fair Lady", "Liberdade, Liberdade", "A Morte do Caixeiro Viajante", "Visitando o Sr. Green" e "Adivinhe quem Vem para Rezar".

Cuspidela

Em sabatina realizada pela Folha em novembro de 2005, Autran lembrou momentos insólitos de sua trajetória, quando como cuspiu em Paulo Francis (1930-1997), então crítico de teatro, em defesa da amiga Tônia Carrero.

"Juntei bastante cuspe e cuspi com prazer", recorda ele. Em outra oportunidade, tentou dar um soco no crítico pelo mesmo motivo, mas não foi muito bem-sucedido. "Nunca havia dado um soco em ninguém. É difícil, sabe? O corpo se contrai, o braço fica sem força" revelou, bem-humorado.