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29/04/2003
-
20h33
da Folha Online
A coordenação da campanha "Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania", que divulgou o segundo ranking dos programas mais denunciados à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, pretende utilizar a campanha para mobilizar a sociedade contra os programas ruins da TV brasileira.
O ranking, segundo a coordenação da campanha, não foi uma pesquisa estatística, mas é resultado de reclamações registradas no site oficial da campanha (www.eticanatv.org.br) e por meio de ligações telefônicas. Os indicadores sociais e econômicos do público pesquisado não foram levantados.
"Domingo Legal", do SBT, é o campeão do ranking, que mostra os resultados das reclamações feitas entre fevereiro e 13 de abril deste ano.
Segundo a psicanalista Ana Olmos, responsável por avaliar o relatório sobre o programa apresentado por Gugu Liberato, o maior número de reclamações citava a presença exaustiva do MC Serginho e Lacraia, da música "Minha Eguinha Pocotó", no palco.
De acordo com a relatora, também foi grande o número de reclamações feitas sobre a forma como o programa mostra a imagem da mulher.
Qualidade
O coordenador nacional da campanha, o deputado Orlando Fantazzini (PT-SP) disse que os relatórios sobre cada um dos programas serão encaminhados aos ministérios da Justiça, da Saúde, da Cultura e da Educação. A intenção é fazer com que os órgãos possam elaborar ações e, com isso, melhorar a programação da TV aberta.
"Quando um programa mostra um homem com uma arma no queixo dizendo que vai se matar e isso é explorado de forma sensacionalista, há impactos sobre a saúde pública", disse Fantazzini.
Segundo o deputado, a coordenação da campanha pretende realizar reuniões com as emissoras para conversar sobre o assunto. Caso tais iniciativas não apresentem resultados satisfatórios, os anunciantes dos programas também deverão ser procurados. A idéia é fazer com que os anunciantes percebam que estão associando suas marcas à baixa qualidade dos programas.
No caso do "Domingo Legal", a iniciativa não deverá surtir nenhum efeito já que, segundo o relatório, a maior parte dos anunciantes do programa é formada por empresas do apresentador ou ligadas à emissora.
Próximos passos
Para Ana Olmos, o forte da campanha não é buscar saídas institucionais, mas tentar mobilizar a sociedade civil e a população de modo geral. Estimular os consumidores a não comprar os produtos das empresas anunciantes também é uma das idéias cogitadas pela coordenação da campanha.
A próxima ação da comissão será encomendar uma pesquisa para aferir o grau de apreensão -por parte do telespectador- das mensagens comerciais veiculadas nos programas deverá ser uma das próximas ações da comissão.
As reuniões da comissão acontecem de dois em dois meses e o próximo ranking vai avaliar a programação veiculada entre os dias 13 de abril e 6 de junho.
São consideradas formas de "baixaria" na TV, segundo detalha uma cartilha de 42 páginas lançada pela Comissão de Direitos Humanos, a apologia e incitação ao crime (inclusive a prática da tortura), linchamento e outras formas de violência, assim como a discriminação racial, sexual e religiosa.
A campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania" foi lançada em novembro do ano passado. Qualquer pessoa pode fazer denúncias por meio do site (www.eticanatv.org.br) ou pelo tel. 0800-619619.
Leia mais:
"Domingo Legal", do SBT, lidera ranking de reclamações na TV
Veja a lista dos campeões de reclamações na TV brasileira
Campanha da Câmara quer mobilizar contra TV de qualidade ruim
CARLA NASCIMENTOda Folha Online
A coordenação da campanha "Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania", que divulgou o segundo ranking dos programas mais denunciados à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, pretende utilizar a campanha para mobilizar a sociedade contra os programas ruins da TV brasileira.
O ranking, segundo a coordenação da campanha, não foi uma pesquisa estatística, mas é resultado de reclamações registradas no site oficial da campanha (www.eticanatv.org.br) e por meio de ligações telefônicas. Os indicadores sociais e econômicos do público pesquisado não foram levantados.
"Domingo Legal", do SBT, é o campeão do ranking, que mostra os resultados das reclamações feitas entre fevereiro e 13 de abril deste ano.
Segundo a psicanalista Ana Olmos, responsável por avaliar o relatório sobre o programa apresentado por Gugu Liberato, o maior número de reclamações citava a presença exaustiva do MC Serginho e Lacraia, da música "Minha Eguinha Pocotó", no palco.
De acordo com a relatora, também foi grande o número de reclamações feitas sobre a forma como o programa mostra a imagem da mulher.
Qualidade
O coordenador nacional da campanha, o deputado Orlando Fantazzini (PT-SP) disse que os relatórios sobre cada um dos programas serão encaminhados aos ministérios da Justiça, da Saúde, da Cultura e da Educação. A intenção é fazer com que os órgãos possam elaborar ações e, com isso, melhorar a programação da TV aberta.
"Quando um programa mostra um homem com uma arma no queixo dizendo que vai se matar e isso é explorado de forma sensacionalista, há impactos sobre a saúde pública", disse Fantazzini.
Segundo o deputado, a coordenação da campanha pretende realizar reuniões com as emissoras para conversar sobre o assunto. Caso tais iniciativas não apresentem resultados satisfatórios, os anunciantes dos programas também deverão ser procurados. A idéia é fazer com que os anunciantes percebam que estão associando suas marcas à baixa qualidade dos programas.
No caso do "Domingo Legal", a iniciativa não deverá surtir nenhum efeito já que, segundo o relatório, a maior parte dos anunciantes do programa é formada por empresas do apresentador ou ligadas à emissora.
Próximos passos
Para Ana Olmos, o forte da campanha não é buscar saídas institucionais, mas tentar mobilizar a sociedade civil e a população de modo geral. Estimular os consumidores a não comprar os produtos das empresas anunciantes também é uma das idéias cogitadas pela coordenação da campanha.
A próxima ação da comissão será encomendar uma pesquisa para aferir o grau de apreensão -por parte do telespectador- das mensagens comerciais veiculadas nos programas deverá ser uma das próximas ações da comissão.
As reuniões da comissão acontecem de dois em dois meses e o próximo ranking vai avaliar a programação veiculada entre os dias 13 de abril e 6 de junho.
São consideradas formas de "baixaria" na TV, segundo detalha uma cartilha de 42 páginas lançada pela Comissão de Direitos Humanos, a apologia e incitação ao crime (inclusive a prática da tortura), linchamento e outras formas de violência, assim como a discriminação racial, sexual e religiosa.
A campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania" foi lançada em novembro do ano passado. Qualquer pessoa pode fazer denúncias por meio do site (www.eticanatv.org.br) ou pelo tel. 0800-619619.
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