Mostra de filmes brasileiros começa na Espanha

Seis longas inéditos na Espanha, quatro documentários e três clássicos foram selecionados para integrar a 1ª Mostra e Encontro do Cinema Brasileiro de Madri, festival que começou hoje e, até sexta-feira, apresentará diferentes aspectos da cultura do país, de sua música aos seus problemas sociais.

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Cena de "Saneamento Básico, o Filme" com Wagner Moura e Lázaro Ramos

O evento vai projetar filmes já exibidos no exterior, como "Casa de Areia" (Andrucha Waddington), que no ano passado recebeu o Prêmio Alfred P. Sloan no Festival de Sundance (EUA), e "Cinema, Aspirinas e Urubus" (Marcelo Gomes), premiado em Cannes (França) em 2005.

"O cinema brasileiro é diferente, ambicioso, independente. A mostra apresenta uma parte do cinema atual do Brasil e seus clássicos, acompanhada de encontros com produtores e cineastas", disse hoje o embaixador do Brasil na Espanha, José Viegas Filho.

O diplomata disse que foi difícil selecionar os filmes entre tantas ofertas, já que ficaram de fora produções recentes como "Tropa de Elite" e "O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias", selecionado para o Festival de Huelva (Espanha).

O diretor da Federação de Associações de Produtores Audiovisuais da Espanha (Fapae), Pedro Pérez, e o presidente do Conselho de Direção da Sociedade Geral de Autores do país (SGAE), Eduardo Bautista, manifestaram a importância de as co-produções com o Brasil serem incentivadas.

"O idioma não é impedimento", disseram os dois, que citaram como exemplo um protocolo de intenções já assinado entre a região espanhola da Galícia e o Brasil.

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"O Cheiro do Ralo" é uma comédia de humor negro centrada na figura do misantropo

Entre os filmes brasileiros que estrearão na Espanha durante a mostra estão ainda "A Casa de Alice", de Chico Teixeira; "Saneamento Básico", de Jorge Furtado; "Lisbela e o Prisioneiro", de Guel Arraes; e "O Cheiro do Ralo", de Heitor Dhalia.

Já na seção de documentários, serão exibidos "Vinícius", de Miguel Faria; "Edifício Master", de Eduardo Coutinho; "Hércules 56", de Sílvio Da-Rin; e "Rocha que Voa", de Eryk Rocha.

Para a mostra de clássicos, foram escolhidos "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha; "Dona Flor e seus Dois Maridos", de Bruno Barreto; e "O Homem que Virou Suco", de João Batista de Andrade.

Dos encontros e mesas-redondas promovidos pelo festival, participarão Andrucha Waddington, Marcelo Gomes e Eryk Rocha.

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