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15/08/2003 - 04h03

Jogo de traições marca a trama "Ópera do Malandro"

da Folha de S.Paulo

Na velho bairro carioca da Lapa, anos 40, Duran é o dono dos prostíbulos que proliferam pelas ruas e becos do bairro, os quais explora com rara hipocrisia, auxiliado pela mulher, Vitória.

Ele vive às turras com o jovem e sedutor Max Overseas, o manda-chuva do contrabando local --"trabalha" com bebidas, cigarros, eletrodomésticos, enquanto se envolve com as garotas de Duran.

Sua maior façanha, no entanto, é conquistar o coração de Terezinha, a filha do rival, com quem acaba se casando às escondidas.

Essa trama dá vazão a um jogo de traições, mentiras e provocações das mais diversas, em que todos tentam tirar vantagem de todos, aí envolvidos o chefe de polícia, Tigrão, sua filha, Lucia, o homossexual Geni e mais toda sorte de escroques.

Inspirada na "Ópera dos Mendigos" de John Gay, e com influências da "Ópera dos Três Vinténs", de Brecht, "Ópera do Malandro" foi montada pela primeira vez em 1978, no Rio, sob direção de Luis Antônio Martinez Corrêa (1950-1987) e, apesar da censura então vigente, venceu o prêmio Molière de melhor texto.

No ano seguinte, com inúmeros cortes e adaptações e um elenco diverso, mas com o mesmo diretor, foi à cena em São Paulo.

Em 1985, completamente reformulada, tornou-se um filme, tendo Ruy Guerra na direção.

A mais recente montagem do texto de Chico Buarque ocorreu também em São Paulo, em 2000, dirigida por Gabriel Villela, que, como disse à época, tirou o caráter histórico da trama e deu-lhe um clima de "bangue-bangue".

Na montagem de 1978, a peça projetou a então desconhecida cantora Elba Ramalho. No ano seguinte, em São Paulo, quem alcançou um público maior foi Tânia Alves, no mesmo papel.

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