Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
28/08/2003 - 16h57

Não pretendo me livrar do estereótipo de fazer TV no cinema, diz Guel Arraes

Publicidade

MARCELO BARTOLOMEI
Editor de entretenimento da Folha Online

Uma semana após a estréia de "Lisbela e o Prisioneiro", seu terceiro filme, o cineasta Guel Arraes, 49, anda cauteloso sobre o sucesso da bilheteria de abertura do longa-metragem nos cinemas. Criticado por aproximar o filme da linguagem de TV, ele resiste e avisa que vai continuar fazendo cinema com cara de televisão.

Folha Imagem
O cineasta Guel Arraes
"A cautela sobre a expectativa de público de "Lisbela", estrelado por Débora Falabella e Selton Mello, parece humilde, mas não é: "Não podemos esquecer que pouquíssimos filmes desde a retomada deram mais de 2 milhões de espectadores", diz o diretor, por e-mail.

"O Auto da Compadecida" (2000), seu primeiro filme que foi adaptado de uma minissérie para a TV, levou cerca de 2,2 milhões de espectadores aos cinemas. "Caramuru - A Invenção do Brasil" (2001) teve números mais modestos: 246.023 pessoas.

Logo no primeiro fim de semana, o da estréia, "Lisbela" levou 256.444 espectadores aos cinemas do país, se tornando a segunda maior abertura, atrás só de "Carandiru", de Hector Babenco, e batendo a estréia de "Auto", há três anos.

Mesmo após o fenômeno de "O Auto da Compadecida" e a indicação de que "Lisbela" seguirá o mesmo caminho, no entanto, o diretor prefere não arriscar. "O segundo fim de semana do filme em cartaz é fundamental para alguma previsão." A segunda semana é agora.

Críticas

Segundo Arraes, conhecido por levar à TV uma comédia arrojada baseada na vida real, o espectador se identifica com um filme como "Lisbela". "Acho que o público, acostumado a ver uma maioria de filmes estrangeiros, vê em 'Lisbela', antes de tudo, um filme brasileiro", afirma.

As principais críticas a seu novo filme são em relação à linguagem, que une TV e cinema. Quer saber como ele reage e se ele teme ficar estereotipado com esta "fusão"?

Divulgação
Cena de "Lisbela e o Prisioneiro"

"Acho que o que faço no cinema parece com o que faço na TV, não com 'TV' de uma maneira geral. É normal que a direção de trabalhos de um mesmo mesmo gênero, comédia, para veículos tão próximos como cinema e a TV, feitos por uma mesma pessoa, guardem semelhanças", diz o cineasta.

Arraes parece não se preocupar mesmo com a aproximação das linguagens. Sinal disso é que voltou a trabalhar "quase que exclusivamente", segundo suas próprias palavras, para a televisão.

Ele é diretor de núcleo da Globo e, entre seus programas, os de maior sucesso são "TV Pirata", "Brava Gente" e "Comédia da Vida Privada", todos marcos da TV brasileira.

"Por isso não pretendo me livrar deste estereótipo", afirma.

Leia mais
  • "Lisbela e o Prisioneiro" é a segunda melhor abertura nacional do ano
  • Crítica: Tese de Guel Arraes não se sustenta

    Especial
  • Veja fotos de "Lisbela e o Prisioneiro"
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página