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29/08/2003
-
10h25
LÚCIO RIBEIRO
da Folha de S.Paulo
Se você não souber nada sobre a riquíssima e precoce história deste impressionante Kings of Leon e botar este "Youth & Young Manhood" para tocar, o mínimo que vai encontrar é um excelente álbum de country rock retro-moderno, apaixonante. Mas é difícil descolar do álbum as referências e herança familiar e roqueira que compõem o atual grupo mais comentado do rock.
É incrível como, ao apertar a tecla "play", parece sair uma sonoridade de uma banda veterana de rock clássico, mas com um molho de contemporaneidade para o qual não há muita explicação: ou a banda tem, ou não tem. E o quarteto KOL tem. A bateria e o baixo estão onde têm que estar para dar suporte ao que o grupo mostra de soberbo: a inspirada guitarra de Matthew Followill e a marcante voz caipira-sacana-emocionada de Caleb.
Bob Dylan ou REM só teriam a ganhar se contratassem um moleque com o gás de Matthew. Virtuoso quando tem que ser, básico na hora certa. A voz de Caleb tem tanta sacanagem quanto a de Mick Jagger dos tempos juvenis, mesmo que sua formação religiosa o tenha colocado longe de músicas como "Simpathy for the Devil". Mas, não tem jeito, o diabo é o pai do rock.
Caleb fala de mulheres e da "estrada" como se já tivesse vivido de tudo nas encruzilhadas do Mississippi. "Red Morning Light" e as sensacionais "Molly's Chambers" e "Wasted Time" são certeiras para deixar extasiada a turma dos Strokes. Já "Holy Roller Novocaine" e "California Waiting" fariam da banda um hit no festival de Woodstock (69).
"Youth...", para quem tenha um ouvido no rock de levada country, é a grande pedida. De tudo o que se lê e ouve falar desta banda, não dá para imaginar uma estréia melhor.
Avaliação:![](http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/images/4_estrelas.gif)
Youth & Young Manhood
Artista: Kings of Leon
Lançamento: BMG
Quanto: R$ 32, em média
Leia mais
Kings of Leon prega a "salvação" do rock
Kings of Leon espanta com sonoridade madura
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da Folha de S.Paulo
Se você não souber nada sobre a riquíssima e precoce história deste impressionante Kings of Leon e botar este "Youth & Young Manhood" para tocar, o mínimo que vai encontrar é um excelente álbum de country rock retro-moderno, apaixonante. Mas é difícil descolar do álbum as referências e herança familiar e roqueira que compõem o atual grupo mais comentado do rock.
É incrível como, ao apertar a tecla "play", parece sair uma sonoridade de uma banda veterana de rock clássico, mas com um molho de contemporaneidade para o qual não há muita explicação: ou a banda tem, ou não tem. E o quarteto KOL tem. A bateria e o baixo estão onde têm que estar para dar suporte ao que o grupo mostra de soberbo: a inspirada guitarra de Matthew Followill e a marcante voz caipira-sacana-emocionada de Caleb.
Bob Dylan ou REM só teriam a ganhar se contratassem um moleque com o gás de Matthew. Virtuoso quando tem que ser, básico na hora certa. A voz de Caleb tem tanta sacanagem quanto a de Mick Jagger dos tempos juvenis, mesmo que sua formação religiosa o tenha colocado longe de músicas como "Simpathy for the Devil". Mas, não tem jeito, o diabo é o pai do rock.
Caleb fala de mulheres e da "estrada" como se já tivesse vivido de tudo nas encruzilhadas do Mississippi. "Red Morning Light" e as sensacionais "Molly's Chambers" e "Wasted Time" são certeiras para deixar extasiada a turma dos Strokes. Já "Holy Roller Novocaine" e "California Waiting" fariam da banda um hit no festival de Woodstock (69).
"Youth...", para quem tenha um ouvido no rock de levada country, é a grande pedida. De tudo o que se lê e ouve falar desta banda, não dá para imaginar uma estréia melhor.
Avaliação:
![](http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/images/4_estrelas.gif)
Youth & Young Manhood
Artista: Kings of Leon
Lançamento: BMG
Quanto: R$ 32, em média
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