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17/09/2003
-
08h24
da Folha de S.Paulo, em Berlim
As 300 peças de arte africana quem estarão em exposição contam não só a autonomia pregada pelo curador Peter Junge, mas também a própria história alemã.
A coleção teve início no século 19, quando era exposta no Gabinete de Curiosidades do rei da Prússia, em Berlim. No Brasil, uma dessas peças que será vista é um saleiro em marfim, feito numa região denominada Sapi. "Esse é um exemplo de que nem tudo foi roubado, como se costuma afirmar. O saleiro foi produzido, no século 15 ou 16, especialmente para ser exportado para Portugal", afirma Junge.
Em 1856, as peças saíram do palácio e foram para o então chamado Neues Museum, obra majestosa do arquiteto Schinkel, onde se somaram a outras peças, inclusive trazidas do Brasil.
Somente no século 20, as peças foram reunidas no então chamado Volkskunde Museum [Museu para Estudo dos Povos]. Mas após a Segunda Guerra Mundial parte do acervo do museu de Berlim, cerca de 40 mil peças, foi parar na então Leningrado, na U.R.S.S., sendo devolvidas, em 1975, para o Museu de Leipzig, que pertencia à Alemanha socialista. "Essas peças nunca foram expostas em Leipzig e, apenas após a queda do muro, foram devolvidas a Berlim", diz Junge. Com isso, algumas peças que estarão no Brasil nunca foram expostas em Berlim.
Curiosamente, as obras podem voltar ao mesmo local onde iniciou-se a coleção. Na verdade, o palácio real foi destruído pelo regime comunista e em seu lugar foi erguido, de forma simbólica, o Palácio do Povo, onde funcionou o parlamento da Alemanha Oriental. Agora, a edificação está sendo demolida para que em seu lugar seja reconstruído o palácio em seu local original, bem no centro de Berlim. "De fato não podemos continuar aqui sem reformas [o museu atualmente fica em Dahlem, um bairro do subúrbio], mas não creio que isso ocorra a curto prazo", afirma Viola König, diretora do museu.
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Peças de arte africana também falam de Berlim
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As 300 peças de arte africana quem estarão em exposição contam não só a autonomia pregada pelo curador Peter Junge, mas também a própria história alemã.
A coleção teve início no século 19, quando era exposta no Gabinete de Curiosidades do rei da Prússia, em Berlim. No Brasil, uma dessas peças que será vista é um saleiro em marfim, feito numa região denominada Sapi. "Esse é um exemplo de que nem tudo foi roubado, como se costuma afirmar. O saleiro foi produzido, no século 15 ou 16, especialmente para ser exportado para Portugal", afirma Junge.
Em 1856, as peças saíram do palácio e foram para o então chamado Neues Museum, obra majestosa do arquiteto Schinkel, onde se somaram a outras peças, inclusive trazidas do Brasil.
Somente no século 20, as peças foram reunidas no então chamado Volkskunde Museum [Museu para Estudo dos Povos]. Mas após a Segunda Guerra Mundial parte do acervo do museu de Berlim, cerca de 40 mil peças, foi parar na então Leningrado, na U.R.S.S., sendo devolvidas, em 1975, para o Museu de Leipzig, que pertencia à Alemanha socialista. "Essas peças nunca foram expostas em Leipzig e, apenas após a queda do muro, foram devolvidas a Berlim", diz Junge. Com isso, algumas peças que estarão no Brasil nunca foram expostas em Berlim.
Curiosamente, as obras podem voltar ao mesmo local onde iniciou-se a coleção. Na verdade, o palácio real foi destruído pelo regime comunista e em seu lugar foi erguido, de forma simbólica, o Palácio do Povo, onde funcionou o parlamento da Alemanha Oriental. Agora, a edificação está sendo demolida para que em seu lugar seja reconstruído o palácio em seu local original, bem no centro de Berlim. "De fato não podemos continuar aqui sem reformas [o museu atualmente fica em Dahlem, um bairro do subúrbio], mas não creio que isso ocorra a curto prazo", afirma Viola König, diretora do museu.
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