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24/09/2003 - 14h53

Gugu muda "Domingo Legal" e traz de volta o diretor Roberto Manzoni

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RICARDO FELTRIN
Colunista da Folha Online

A pedido do apresentador Gugu Liberato, o ex-diretor Roberto Manzoni reassumiu nesta quarta-feira a direção geral do programa do "Domingo Legal", do SBT. Manzoni estava afastado desde o último dia 3. Havia pedido demissão e partido quatro dias antes da exibição da falsa entrevista com "membros" do PCC.

A farsa televisiva criada pela produção do programa (o apresentador nega ter autorizado a exibição, mas depoimentos dizem o contrário) gerou denúncia do Ministério Público, inquérito policial, convocação dos envolvidos por comissões de deputados estaduais e federais e, por fim, a suspensão da exibição do programa no último domingo --por decisão judicial.

A volta de Manzoni é a primeira grande mudança no programa após o escândalo da entrevista.

O SBT ainda não divulgou o retorno oficialmente.

Ontem à noite, Gugu e Manzoni conversaram durante horas ao telefone. Gugu pediu "ajuda". Ambos já trabalharam mais de 15 anos juntos. Manzoni havia pedido demissão alegando "cansaço", mas a verdade é que estaria insatisfeito com várias decisões tomadas por Gugu. Este, por sua vez, aceitou a demissão e colocou Maurício Nunes (ex-Rede TV) no cargo. Logo no primeiro domingo foi exibida a entrevista que causou toda a polêmica.

Manzoni aguardava em casa uma nova proposta de Silvio Santos para assumir outro cargo na emissora. Havia rumores de que poderia ser o novo diretor artístico do SBT. O diretor Maurício Nunes também deve ser mantido na direção do "Domingo Legal", mas sob as ordens de Manzoni

Nesta quarta-feira, o novo diretor e a equipe do "Domingo Legal" se reuniram no SBT para definir a pauta do programa do próximo domingo. A equipe vem sendo pressionada por estar perdendo no ibope repetidamente, desde o início do ano, para Fausto Silva (Globo).

Indiciamento

O advogado Adriano Salles Vanni, que defende o apresentador, conseguiu hoje evitar que Gugu fosse indiciado em inquérito policial antes de prestar depoimento. Ele será ouvido na tarde de amanhã no Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado).

O apresentador foi beneficiado por uma liminar concedida pelo Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais). No entanto, a decisão não garante que ele não seja indiciado posteriormente.

Três pessoas que trabalharam na matéria já foram indiciadas por apologia ao crime. Se condenados, o produtor Hamilton Tadeu dos Santos, o Barney, e os atores Wagner Faustino da Silva, o Alfa, e Antônio Rodrigues da Silva, o Beta, podem pegar até seis meses de prisão.

Segundo a polícia, Alfa e Beta --que aparecem encapuzados na matéria e dizem ser do PCC (Primeiro Comando da Capital)-- disseram ter recebido R$ 150 cada para participar da farsa. Os dois disseram que havia um roteiro --escrito em cartolinas-- com o texto que deveriam falar. Barney, conforme a polícia, foi o responsável por "encontrar" e contratar os entrevistados.

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