25/09/2003 - 15h01

Rocco Pitanga fará novela na Globo em 2004 e três outros filmes

MARCELO BARTOLOMEI
Editor de entretenimento da Folha Online

Depois do lançamento de "Seja o que Deus Quiser", projeto em que está envolvido desde 2001 e que estréia nesta sexta-feira, dia 26, nos cinemas brasileiros, o ator Rocco Pitanga, 24, vai aparecer em uma novela da Rede Globo. Neste início de carreira, ele ainda tem três filmes que ainda estão em fase de produção para apresentar como currículo.

Já em janeiro de 2004, o filho de Antônio Pitanga estará em "A Cor do Pecado", novela de João Emmanuel Carneiro que será exibida às 19h.

Ele será Felipe, o melhor amigo de Paco (Reynaldo Gianecchini). "É um cara do bem, bacana, boa praça, honesto, trabalhador e comunicativo. Não sei muito ainda sobre ele", disse o ator, que foi chamado após participar de workshops e testes de elenco na emissora.

Ele ainda poderá ser visto em dois filmes: "As Filhas do Vento", de Joel Zito Araújo, em que contracena com Talma de Freitas e Thaís Araújo. O longa, que ainda não tem data para estrear, tem um elenco essencialmente negro e discute as relações familiares.

"Talvez seja o primeiro filme que não tem um lado social e racial, porque o que está em questão é uma família negra que tem seus problemas como qualquer família", disse o ator, que garante nunca ter sofrido preconceito na profissão. "Na vida, sim. Procuro não me incomodar muito com isso. Acho que as novelas ainda não estão retratando a vida do negro, de gente que já atingiu sucesso na vida. No teatro, isso jamais acontece."

O outro trabalho é "As Garotas do ABC", de Carlos Reichenbach, que deve estrear ainda neste ano, em que vive um militar, irmão da protagonista.

Além disso, ele recebeu uma proposta para fazer uma participação no filme "Vestido de Noiva", que será dirigido por Jofre Rodrigues.

Em "Seja o que Deus Quiser", ele vê um ponto de mudança em sua vida e na carreira. "Aprendi muito profissionalmente trabalhando com o Murilo Salles (diretor) e com atores como Marília Pêra", disse.

Para interpretar PQD, ele fez um laboratório frequentando durante um mês a favela de Vigário Geral, onde, depois, viria a morar durante duas semanas. Lá, teve contato com as oficinas do grupo Affroreggae, ONG responsável pela dedicação cultural de crianças e adolescentes do morro carioca.

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